Buzina regressa à ModaLisboa com uma coleção que "surge do caos"

Horas antes do desfile preparado para a 61.ª ModaLisboa, Vera Fernandes revelou, em exclusivo, ao Lifestyle ao Minuto, o que tem na 'manga' para esta edição. No último dia do evento, desfilam também Luís Carvalho, Gonçalo Peixoto e, entre outros, Dino Alves.

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© António Medeiros

Ana Rita Rebelo
08/10/2023 13:38 ‧ 08/10/2023 por Ana Rita Rebelo

Lifestyle

ModaLisboa

Babel é o nome da coleção primavera-verão 2024 que Vera Fernandes, fundadora da Buzina, se prepara para apresentar, às 16h30, no Pátio da Galé, no adeus à 61.ª edição da ModaLisboa. "A principal mensagem é que, mesmo no caos, podemos encontrar equilíbrio", disse a criadora ao Lifestyle ao Minuto.

O melhor? Este ano, os modelitos podem sair diretamente da passarela para o armário das clientes. "Desta vez, a minha preocupação é que possam adquirir a coleção imediatamente após o desfile."

Quem é a mulher Buzina?

A mulher Buzinabrand é forte, determinada e, acima de tudo, muito criativa.

Leia Também: Luís Carvalho: "Não podemos desenvolver sem pensar em sustentabilidade"

O que é que preparou para esta edição da ModaLisboa?

Irei apresentar uma coleção a pensar, como sempre, nas minhas clientes. Mas, desta vez, a minha preocupação é que possam adquirir a coleção imediatamente após o desfile.  

O objetivo é sempre criar peças que sirvam para empoderar

Qual a mensagem desta coleção e que questões vai levar para a passarela?

Esta coleção surge do caos, daí o nome Babel. A principal mensagem é que, mesmo no caos, podemos encontrar equilíbrio. Por vezes, sairmos da nossa zona de conforto é muito bom.

Já que falamos em sair da zona de conforto, podemos esperar algo diferente na escolha de materiais e cores?

Sim! Esta é uma coleção em que as cores, as texturas e os tecidos são bastante intensos. Resolvi trabalhar materiais que nunca tinha usado. Há muito tempo que queria trabalhar tules e veludo. Foi um enorme desafio. 

Que preocupações tem quando está a desenhar uma coleção? 

À semelhança das outras, o objetivo é sempre criar peças que sirvam para empoderar.

A Buzina é um projeto meu, mas que acabou por chegar ao coração de muita, muita gente

Costuma dizer que a faceta sustentável da Buzina surgiu quase por mero acaso e já referiu várias vezes que a sustentabilidade não é uma bandeira que pretenda hastear, mas é algo que a preocupa.

Muito. É por isso que uso stocks de tecidos já existentes em fábricas. Nesta coleção, por exemplo, o veludo resulta de um stock bastante antigo.

O que sente ao desfilar na ModaLisboa?

Enquanto criadora, é e sempre será um enorme orgulho.

Quando falámos, em março de 2022, dizia que a internacionalização estava para muito breve. Nesse mesmo ano, estreou-se na Semana da Moda de São Paulo. É para continuar?

Esse momento foi algo mágico e a marca haverá de voltar. Sei que tenho a porta aberta.

Que planos tem para o futuro? Onde gostava de chegar?

Este último ano fez-me perceber que a Buzina é um projeto meu, mas que acabou por chegar ao coração de muita, muita gente. Isso só pode querer dizer que coisas muito boas e bonitas estão por vir.

Leia Também: Gonçalo Peixoto: "A pandemia foi um recomeçar. 2021 foi o melhor ano"

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