Babel é o nome da coleção primavera-verão 2024 que Vera Fernandes, fundadora da Buzina, se prepara para apresentar, às 16h30, no Pátio da Galé, no adeus à 61.ª edição da ModaLisboa. "A principal mensagem é que, mesmo no caos, podemos encontrar equilíbrio", disse a criadora ao Lifestyle ao Minuto.
O melhor? Este ano, os modelitos podem sair diretamente da passarela para o armário das clientes. "Desta vez, a minha preocupação é que possam adquirir a coleção imediatamente após o desfile."
Quem é a mulher Buzina?
A mulher Buzinabrand é forte, determinada e, acima de tudo, muito criativa.
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O que é que preparou para esta edição da ModaLisboa?
Irei apresentar uma coleção a pensar, como sempre, nas minhas clientes. Mas, desta vez, a minha preocupação é que possam adquirir a coleção imediatamente após o desfile.
O objetivo é sempre criar peças que sirvam para empoderar
Qual a mensagem desta coleção e que questões vai levar para a passarela?
Esta coleção surge do caos, daí o nome Babel. A principal mensagem é que, mesmo no caos, podemos encontrar equilíbrio. Por vezes, sairmos da nossa zona de conforto é muito bom.
Já que falamos em sair da zona de conforto, podemos esperar algo diferente na escolha de materiais e cores?
Sim! Esta é uma coleção em que as cores, as texturas e os tecidos são bastante intensos. Resolvi trabalhar materiais que nunca tinha usado. Há muito tempo que queria trabalhar tules e veludo. Foi um enorme desafio.
Que preocupações tem quando está a desenhar uma coleção?
À semelhança das outras, o objetivo é sempre criar peças que sirvam para empoderar.
A Buzina é um projeto meu, mas que acabou por chegar ao coração de muita, muita gente
Costuma dizer que a faceta sustentável da Buzina surgiu quase por mero acaso e já referiu várias vezes que a sustentabilidade não é uma bandeira que pretenda hastear, mas é algo que a preocupa.
Muito. É por isso que uso stocks de tecidos já existentes em fábricas. Nesta coleção, por exemplo, o veludo resulta de um stock bastante antigo.
O que sente ao desfilar na ModaLisboa?
Enquanto criadora, é e sempre será um enorme orgulho.
Quando falámos, em março de 2022, dizia que a internacionalização estava para muito breve. Nesse mesmo ano, estreou-se na Semana da Moda de São Paulo. É para continuar?
Esse momento foi algo mágico e a marca haverá de voltar. Sei que tenho a porta aberta.
Que planos tem para o futuro? Onde gostava de chegar?
Este último ano fez-me perceber que a Buzina é um projeto meu, mas que acabou por chegar ao coração de muita, muita gente. Isso só pode querer dizer que coisas muito boas e bonitas estão por vir.
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