Lançado pela Pfizer no final dos anos 90 do século XX, o pequeno e 'milagroso' comprimido azul, reconhecido em todo o mundo, pode ajudar a reduzir o risco de Alzheimer, indicam as conclusões preliminares de um estudo feito por responsáveis do hospital nova-iorquino Mount Sinai, dos Estados Unidos. Até à data, esta doença degenerativa é irreversível.
Os dados, publicados na revista científica Studies in Health Technology and Informatics, destacam o sildefanil, princípio ativo presente no Viagra e em outros medicamentos contra a impotência sexual. O sildefanil pode inibir uma enzima (PDE5) que é importante para transmitir sinais de luz da retina do olho para o cérebro.
Leia Também: Desporto da moda pode ajudar a reduzir sintomas de depressão, diz Harvard
Em entrevista ao jornal The Sun, um dos autores do estudo, Xingyue Huo, explicou que "o sildenafil estava significativamente associado a um risco 60% menor de desenvolver a doença de Alzheimer".
Os investigadores analisaram mais de 27 mil pessoas com mais de 65 anos, comparando-as com quem não tomou Viagra. Para já, os autores do estudo só podem sugerir a possibilidade de o sildenafil reduzir o risco desta doença.
Leia Também: Diarreia que não passa? Sintomas que devem preocupá-lo
Recorde-se que demência é um termo genérico utilizado para designar um conjunto de doenças, como o Alzheimer - segundo a rede de saúde CUF, representa cerca de dois terços de todos os casos -, que se caracterizam por alterações cognitivas que podem estar associadas a perda de memória, alterações da linguagem e desorientação no tempo ou no espaço.
A Organização Mundial da Saúde estima que existam 47.5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo e prevê que este número possa chegar aos 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050, para 135.5 milhões.
Leia Também: Estas queixas comuns podem ser sintomas de 'assassino silencioso'