"Sugiro fortemente que se tiver 65 anos ou mais elimine por completo o álcool da sua dieta. Pode estar em risco de demência", alerta o neurologista Richard Restak, na sua mais recente obra 'The Complete Guide to Memory: The Science of Strengthening Your Mind'.
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Segundo o médico, à medida que as pessoas envelhecem, o álcool passa a ter um efeito a longo prazo na saúde e no bem-estar, podendo causar demência leve ou até condições como a síndrome de Wernicke-Korsakoff, causada pela falta de vitamina B1 no organismo. Esta condição provoca um estado de confusão aguda e permanente (encefalopatia de Wernicke) combinada com um tipo de amnésia a longo prazo. denominada síndrome de Korsakoff. As pessoas que padecem desta síndrome têm dificuldade em coordenar movimentos, inclusive dos olhos, e vivem desconetados da realidade.
O excesso de álcool é a maior causa de carência de vitamina B1. "As pessoas associam o álcool a melhores estados de humor ou de confiança em situações sociais, mas a bebida atinge diretamente o nosso cérebro. Independente da idade, devemos reavaliar a nossa relação com a bebida", aconselha Restak.
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Recorde-se que demência é um termo genérico utilizado para designar um conjunto de doenças, como o Alzheimer - segundo a rede de saúde CUF, representa cerca de dois terços de todos os casos - que se caracterizam por alterações cognitivas que podem estar associadas a perda de memória, alterações da linguagem e desorientação no tempo ou no espaço.
A Organização Mundial da Saúde estima que existam 47.5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo e prevê que este número possa chegar aos 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050, para 135.5 milhões.
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