Demência. Cientistas descobrem como antecipar diagnóstico em 10 anos

Investigadores conseguiram identificar biomarcadores para a demência, através de exames de sangue. Esta descoberta pode vir a ser essencial em futuros diagnósticos e tratamentos.

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Notícias ao Minuto
14/02/2024 08:36 ‧ 14/02/2024 por Notícias ao Minuto

Lifestyle

Doenças neurodegenerativas

Cientistas da Universidade de Warwick, no Reino Unido, e da Universidade Fudan, na China, desenvolveram um exame de sangue capaz de diagnosticar demência antes do aparecimento dos sintomas. O feito foi anunciado na revista Nature Aging.

Com base em dados médicos de 52.645 pessoas, os cientistas conseguiram identificar biomarcadores relevantes para o Alzheimer e outras formas de demência, um termo genérico utilizado para designar um conjunto de doenças que se caracterizam por alterações cognitivas que podem estar associadas a perda de memória, alterações da linguagem e desorientação no tempo ou no espaço. 

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A Organização Mundial de Saúde estima que existam 47.5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo, número que pode chegar os 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050, para 135.5 milhões. 

Os cientistas usaram amostras de sangue recolhidas entre 2006 e 2010 para o projeto UK Biobank, uma base de dados com informações de mais de meio milhão de cidadãos britânicos. Entre os voluntários, 1.417 desenvolveram Alzheimer, demência vascular ou demência por qualquer causa num período de 14 anos.

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Depois de compararem as amostras de sangue dos participantes com as de pessoas que permaneceram saudáveis, os investigadores encontraram 1.463 proteínas associadas à demência e classificaram-nas de acordo com uma escala de probabilidade para doenças neurodegenerativas.

Indivíduos cujo sangue continha níveis mais elevados das proteínas GFAP, NEFL, GDF15 e LTBP2 apresentavam um risco superior de Alzheimer, demência vascular ou demência por qualquer causa. Já as pessoas com níveis elevados de GFAP, proteína que fornece suporte estrutural aos astrócitos, células que normalmente protegem os neurónios, apresentavam 2,32 vezes mais hipóteses de desenvolverem demência, face aos indivíduos com níveis considerados normais.

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