Medicamento para asma é nova esperança contra alergias alimentares graves

Em alguns casos, o contato com o alergénio pode levar à morte. Mas um novo estudo apresenta um possível aliado para combater as alergias alimentares.

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Notícias ao Minuto
01/03/2024 10:09 ‧ 01/03/2024 por Notícias ao Minuto

Lifestyle

Alimentação

Um estudo realizado por investigadores do Centro Infantil Johns Hopkins, dos Estados Unidos, revelou que o uso de omalizumabe (Xolair), um medicamento para a asma comercializado há 20 anos, ajudou a reduzir significativamente os sintomas de alergia alimentar grave num grupo de crianças.

Os resultados da investigação foram apresentadas, recentemente, na conferência anual da Academia Americana de Alergia, Asma e Imunologia, nos Estados Unidos, e publicados no The New England Journal of Medicine. O estudo envolveu 177 crianças e adolescentes, com idades entre um e 17 anos, e três adultos até aos 55 anos. Todos eram alérgicos a amendoim e a, pelo menos, dois outros alimentos (caju, leite, ovo, nozes, trigo ou avelã) mencionados pelos investigadores. Os voluntários apresentavam reação alérgica a menos de 100 miligramas (mg) da proteína de amendoim, o equivalente a menos de meio amendoim, e a 300 mg ou menos de dois outros alimentos.

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Metade dos participantes recebeu injeções de Xolair a cada duas a quatro semanas durante 16 a 20 semanas, dependendo do peso. Os restantes receberam doses de placebo. Dos 118 participantes que receberam o medicamento, 79 (67%) conseguiram consumir o equivalente a quatro amendoins sem sofrer reações alérgicas moderadas a graves, em comparação com apenas 7% dos voluntários do grupo placebo. Aproximadamente 44% das pessoas tratadas com o medicamento conseguiram consumir o equivalente a 25 amendoins.

Os especialistas acreditam que o fármaco pode ser uma nova esperança para pessoas com alergia grave ao amendoim, leite, ovo, caju, nozes, avelã e trigo, por exemplo. "Para muitos doentes e familiares, isto fará uma grande diferença nas suas vidas", disse o principal autor do estudo, Robert Wood, ressalvando que devem manter cautela.

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