No vídeo em que anunciou ter sido diagnosticada com cancro, Kate Middleton revelou estar a ser submetida a quimioterapia preventiva, depois de uma cirurgia abdominal realizada em meados de janeiro ter dado conta da existência de um tumor maligno. Mas, afinal, o que se sabe sobre este tipo de tratamento que a princesa de Gales, de 42 anos, está a realizar?
Em Portugal, "é o que designamos de tratamento adjuvante", começa por esclarecer Daniela Macedo, oncologista do Hospital Lusíadas Lisboa, ao Lifestyle ao Minuto. Segundo a médica, trata-se do procedimento padrão "após o tratamento curativo, ou seja, a cirurgia [ou radioterapia, como pode ler-se no portal SNS24], de forma a evitar que a doença oncológica se volte a manifestar no local onde surgiu e à distância (metastização)". No fundo, reduz a possibilidade de remissão e a propagação do tumor.
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O que acontece é que, após a cirurgia, "a peça operatória é avaliada e, de acordo com essa avaliação, estabelece-se os riscos de recidiva e é decidido se há ou não a necessidade dos tratamentos preventivos". A quimioterapia preventiva ajuda o doente a livrar-se de quaisquer células cancerígenas remanescentes que possam tornar-se malignas, ou seja, permite eliminar a probabilidade de doença residual.
Este é um tratamento comum em vários tipos de cancro, incluindo o da mama, cólon e recto, pulmão e alguns tumores ginecológicos. Os médicos optam por esta terapêutica "quando o risco de recidiva do tumor é muito elevado" e, normalmente, é realizada durante períodos que vão desde três meses a um ano, conforme o tipo de cancro.
Por interferir com as células saudáveis do organismo, a quimioterapia pode levar ao aparecimento de sintomas como náuseas, vómitos, aftas, diarreia, prisão de ventre e queda de cabelo, por exemplo. Ainda assim, a oncologista Daniela Macedo faz questão de dizer que este tratamento "não provoca dor de forma direta". "Estamos a falar de medicamentos cujo mecanismo de ação é matar células em divisão celular acelerada."
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