Novo estudo, feito no Reino Unido, encontrou uma ligação entre sintomas depressivo e um declínio da memória mais acelerado nos idosos. Investigadores descobriram ainda que uma memória mais fraca pode levar a um aumento dos sintomas depressivos mais tarde.
Para a investigação, publicada no JAMA Network Open, os cientistas analisaram cerca de 16 anos de dados relativos a mais de oito mil adultos, com uma idade média de 64 anos.
Graças a isto, concluíram que "a depressão e a memória estão intimamente relacionadas, parecendo que ambas se afetam mutuamente", explicam os investigadores, em comunicado.
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Mais especificamente, as pessoas que começaram com sintomas depressivos mais significativos tinham mais probabilidades de sofrer um declínio mais rápido da memória mais tarde, e as que tinham uma memória mais fraca estavam mais em risco de sofrer um aumento posterior dos sintomas depressivos.
Tendo em conta os resultados da análise, a equipa sugere que a depressão pode afetar a memória devido a alterações no cérebro, como desequilíbrios neuroquímicos, alterações estruturais nas regiões importantes ao processar memórias e perturbações na capacidade do cérebro para se reorganizar e formar novas ligações.
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Explicam ainda que as deficiências de memória podem resultar de fatores psicológicos como o pensamento repetitivo ou a reflexão sobre sentimentos negativos.
Por outro lado, indivíduos com problemas de memória ou dificuldades em reter novas informações podem começar a sentir frustração, perda de confiança e sentimentos de incompetência. Todos são fatores que desencadeiam episódios depressivos.
É ainda possível que a perturbação da memória perturbe o funcionamento diário e as interações sociais, levando ao isolamento social e podendo desencadear sintomas depressivos.
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