Sim, leu bem. Segundo um novo estudo, "as pessoas tendem a tornar-se menos narcisistas à medida que envelhecem, desde a infância até à idade adulta". Mas, ao mesmo tempo, os investigadores concluíram que "as diferenças entre os indivíduos mantêm-se estáveis ao longo do tempo", ou seja, "as pessoas que são mais narcisistas do que os seus pares em criança tendem a manter-se assim na idade adulta".
Para a investigação, disponibilizada na Psychological Bulletin, uma equipa de cientistas da Universidade de Bern, na Suíça, analisou os dados de 51 estudos, onde participaram mais de 30 mil pessoas, e que mediam a evolução dos níveis de narcisismo dos participantes ao longo do tempo.
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Foram tidos em conta três tipos diferentes de narcisismo: agêntico, antagónico e neurótico. De acordo com os investigadores, o narcisismo agêntico inclui "sentimentos de grandiosidade ou superioridade e uma forte necessidade de admiração"; o narcisismo antagónico inclui "arrogância, insensibilidade e pouca empatia"; e o narcisismo neurótico "envolve desregulação emocional e hipersensibilidade".
Descobriram assim que os três tipos de narcisismo registados diminuíram desde a infância até à velhice, com algumas variações, por exemplo, relataram um pequeno declínio para o narcisismo agêntico, mas um declínio moderado para o narcisismo antagónico e neurótico.
Também concluíram que o narcisismo das pessoas em relação ao dos seus pares não se alterou significativamente ao longo do tempo. Isto significa que "as pessoas que eram mais narcisistas do que a média quando eram crianças continuaram a ser mais narcisistas do que a média quando eram adultos", explicam os investigadores.
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