A dietista Kathleen Garcia-Benson disse, em declarações ao Gloucestershire Live, que uma dose diária de cerca de 40 gramas de legumes pode ajudar a reduzir o risco de demência em 12% nos homens e 13% nas mulheres. Os dados mencionados pela responsável constam de um estudo que envolveu mais de 40 mil participantes.
A responsável apontou ainda que, "num estudo observacional com mais de 60 mil participantes, a dieta mediterrânica foi associada a um menor risco de demência, independentemente da predisposição genética para a doença". "Embora não se saiba se tem impacto em todos os tipos de demência, continua a ser uma abordagem recomendada", afirma.
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Kathleen salientou que os alimentos repletos de gorduras saudáveis, como o salmão, nozes, sementes de linhaça, sardinha e azeite, fazem bem ao cérebro devido ao alto teor de ácidos gordos ómega 3. Acrescentou também que mirtilos, morangos, vegetais de folha verde escura e aveia, por exemplo, reforçam igualmente a saúde cognitiva. "Estes alimentos contêm uma variedade de vitaminas, minerais e antioxidantes que ajudam o corpo a manter uma renovação celular saudável e têm propriedades anti-inflamatórias. Os ácidos gordos ómega 3 são essenciais para o funcionamento do cérebro", realçou.
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Recorde-se que demência é um termo genérico utilizado para designar um conjunto de doenças que se caracterizam por alterações cognitivas que podem estar associadas a perda de memória, alterações da linguagem e desorientação no tempo ou no espaço. Para a maioria não existe tratamento. Porém, está provado que cerca de 40% das demências, como o Alzheimer (a forma mais comum de demência), podem ser prevenidas ou atrasadas.
A Organização Mundial de Saúde estima que existam 47.5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo, número que pode chegar os 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050, para 135.5 milhões.
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