Tempo que passa a ver televisão pode aumentar o risco de demência

O que faz nos tempos livres influencia e muito a sua saúde.

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Notícias ao Minuto
21/08/2024 08:49 ‧ 21/08/2024 por Notícias ao Minuto

Lifestyle

Doenças neurológicas incapacitantes

Um estudo realizado por investigadores da Universidade Médica de Tianjin, na China, revelou que quem passa mais tempo a ver televisão tem uma maior probabilidade de desenvolver demência. A investigação durou 13 anos. 

 

Os investigadores recorreram a dados do UK Biobank (projeto que recolhe dados médicos de meio milhão de britânicos adultos), relativos a 407 mil pessoas, com idades entre os 37 e os 73 anos. Durante o estudo, 5.227 pessoas desenvolveram demência, 6.822 sobreviveram a um acidente vascular cerebral (AVC)  e 2.308 foram diagnosticadas com Parkinson.

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Os investigadores concluíram que assistir mais de cinco horas de televisão por dia representa um risco 44% superior de demência, em comparação com quem vê apenas uma hora ou menos. Para aqueles que passavam entre três a cinco horas a ver televisão diariamente, o risco de desenvolver demência foi 15% superior. 

Além disso, ficar sentado em frente à televisão também aumenta em 12% e 28% o risco de AVC e de Parkinson, respetivamente. "As descobertas sugerem que passar muito tempo a ver televisão está associado a um risco maior de vários distúrbios relacionados ao cérebro", referem os autores do estudo em comunicado à imprensa.

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Recorde-se que demência é um termo genérico utilizado para designar um conjunto de doenças que se caracterizam por alterações cognitivas que podem estar associadas a perda de memória, alterações da linguagem e desorientação no tempo ou no espaço. Para a maioria não existe tratamento. Porém, está provado que cerca de 40% das demências, como o Alzheimer (a forma mais comum de demência), podem ser prevenidas ou atrasadas.

A Organização Mundial de Saúde estima que existam 47.5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo, número que pode chegar os 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050, para 135.5 milhões. 

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