Segundo um novo estudo, apresentado na quinta-feira, no ESC Congress 2024, "os doentes com doença arterial coronária estável que deixaram de fumar em qualquer altura após o diagnóstico reduziram o risco de um evento grave em quase 50%", lê-se em comunicado.
Mas, além disto, o mesmo estudo concluiu que "o impacto no risco cardiovascular foi mínimo nos doentes que apenas reduziram os seus hábitos tabágicos".
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Para o estudo, os investigadores analisaram mais de 32 mil pessoas com doença arterial coronária, com o objetivo de perceber o impacto do tabagismo nos eventos cardiovasculares, como enfartes.
Graças a isto concluíram que os doentes que deixaram de fumar após o diagnóstico de doença arterial coronária "melhoraram significativamente os seus resultados cardiovasculares, independentemente do momento em que deixaram de fumar, com uma redução de 44% do risco de eventos cardiovasculares adversos graves".
Já os que simplesmente reduziram o número de cigarros que fumaram não sentiram mudanças significativas.
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Também descobriram que o risco de um evento cardiovascular grave após um diagnóstico de doença arterial coronária aumentou 8% por cada ano de tabagismo ativo.
É ainda importante mencionar que apesar de conseguirem descer o nível de risco, as pessoas que deixaram de fumar nunca conseguiram estar no mesmo nível dos indivíduos que nunca o fizeram, mesmo após anos de cessação tabágica.
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