A exposição 'CARRY ME - 100 Anos de Malas', patente no centro comercial Colombo, em Lisboa, acaba de receber uma peça de Valentim Quaresma. Trata-se da 'Mala do Futuro', criada pelo estilista em exclusivo para este evento, através da qual reflete a sua visão sobre a sociedade contemporânea e os desafios de um mundo em constante transformação.
Sob o conceito 'Futuro Anacrónico', este novo item vai ficar na Praça Central até 25 de outubro. No que respeita aos materiais utilizados, Valentim Quaresma revela, em comunicado, que estes foram escolhidos para "representar a turbulência e a fragmentação da nossa realidade, sempre em construção ou destruição", tendo cada detalhe sido pensado para "provocar uma reflexão sobre como nos adaptamos e sobrevivemos no caos".
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Para o estilista, esta criação não é apenas uma mala: "É uma declaração sobre o estado atual do mundo e um convite para refletirmos sobre nosso papel na construção de um futuro mais harmonioso e sustentável".
A 'Mala do Futuro' traz, assim, uma nova perspetiva a 'CARRY ME- 100 Anos de Malas', num cruzamento entre o passado, o presente e o futuro, e juntando-se a marcas de luxo, como Chanel, Dior, Gucci, Hermès, Jacquemus, Prada e Whiting & Davis. Com recurso à Inteligência Artificial holográfica e utilizando as fotografias da mala, foi ainda criada uma peça visual única que complementa a exposição e que pode ser vista num Magic Mirror, no local.
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Ambas as iniciativas estão integradas no projeto 'A Arte Chegou ao Colombo', que nasceu, em 2011, da vontade de divulgar e promover a interação com a arte de forma livre e acessível a todos.
A exposição conta a história das malas, desde 1920 até aos dias de hoje, reunindo exemplares de marcas de luxo que dão a conhecer a evolução do seu design, enquanto é feita a ligação a personalidades que popularizam a sua utilização e as tornaram icónicas, como Jackie Kennedy ou a Princesa Diana.
Organizada pelo centro Colombo em colaboração com a Expona - Museum Exhibition Network, a exposição oferece uma visão detalhada da evolução das malas, onde os visitantes podem seguir a sua cronologia, desde as suas origens funcionais até se tornarem num status de ícones de moda.
Dos exemplares emblemáticos que marcaram cada década, fazem parte a mala 'Kelly' de Hermès, popularizada por Grace Kelly, e a 'Chanel 2.55', um símbolo de elegância intemporal. Além de peças clássicas, a exposição destaca inovações como a Fendi Baguette, um marco das 'it-bags' dos anos 90, e o Chiquito de Jacquemus, uma recente tendência que reimagina a funcionalidade das malas contemporâneas.
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