Pode existir uma relação entre um tipo específico de gordura e as proteínas anormais no cérebro que são caraterísticas da doença de Alzheimer, concluiu uma nova investigação que será apresentada esta segunda-feira, 2 de dezembro, no congresso anual da Radiological Society of North America. Segundo os cientistas, isto pode ajudar a prever a doença 20 anos antes dos primeiros sintomas.
Para o estudo, os investigadores concentraram-se na ligação entre alguns fatores modificáveis relacionados com o estilo de vida, como a obesidade, a distribuição da gordura corporal e os aspectos metabólicos, e a patologia da doença.
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Foram analisados 80 indivíduos de meia-idade que foram submetidos a diferentes exames de modo a recolher informações como o Índice de Massa Corporal (IMC) de cada um, a gordura visceral e subcutânea, assim como a gordura do fígado, das coxas e dos músculos. Também analisaram a resistência à insulina de cada e os níveis de colesterol 'bom' (o HDL).
Graças a isto, os investigadores descobriram que "uma maior quantidade de gordura visceral estava associada a níveis mais elevados das duas proteínas patológicas caraterísticas da doença: amiloide e tau", explica Mahsa Dolatshahi, um dos investigadores responsáveis pelo estudo, citado em comunicado.
Também perceberam que "uma maior resistência à insulina e um HDL mais baixo estavam associados a um nível elevado de amiloide no cérebro".
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