De acordo com uma nova investigação, disponibilizada na Brain, uma simples análise ao sangue pode ajudar a prever o desenvolvimento de demência anos antes do aparecimento dos sintomas, em indivíduos com um tipo de parassónia, ou seja, alterações do comportamento do durante o sono, chamada perturbação idiopática do comportamento do sono REM.
Mais especificamente, esta perturbação faz com que as pessoas representem fisicamente os seus sonhos enquanto dormem, explicam os investigadores, em comunicado.
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É uma condição que pode aumentar o risco de Parkinson e de demência com corpos de Lewy, uma condição que pode causar perda de memória e cognitiva, assim como alucinações visuais vívidas e dificuldades de movimento.
Tendo isto em conta, uma equipa da Universidade McGill, no Canadá, decidiu testar a eficácia de uma análise ao sangue - originalmente criada para detetar a doença de Alzheimer - para identificar quais os indivíduos com a perturbação de sono que tinham maior probabilidade de desenvolver este tipo de demência.
Reuniram 150 voluntários diagnosticados com a perturbação de sono e todos fizeram o teste ao sangue anualmente para analisar duas proteínas específicas do sangue associadas a Alzheimer.
Perceberam assim que "a análise ao sangue, feita quatro anos antes, conseguiu prever a demência em quase 90% dos doentes que mais tarde desenvolveram a doença".
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