E no Dia da Criança, surge um novo indicador de que os mais novos são o espelho mais autêntico da sociedade atual.
Tim Lott, cronistas do The Guardian, lançou o alerta: as crianças de hoje já não têm medo do escuro. Temem o fracasso. E esta conclusão surgiu depois de ter perguntado a uma das suas filhas qual o seu maior receio, e sem hesitação surgiu a resposta: “falhar”.
“Sempre vi o medo do fracasso como uma preocupação de adultos, mas parece que um dos efeitos do clima dos novos tempos (e a saturação expressa pelos meios de comunicação) é a importação de medos dos adultos para as mentes das crianças. O medo de fantasmas está a ser substituído pelo terror de ficar abaixo das espectativas”, escreve Tim.
Mas não é só este cronista que diz que o fracasso é o novo ‘bicho-papão’ das crianças. Um estudo da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, revela que os factores que levam a ter medo mudaram consideravelmente nas últimas três décadas.
Se há 30 anos as crianças temiam os animais, o escuro, as alturas, as pessoas estranhas e os ruídos altos, agora o principal medo é o divórcio, a guerra nuclear, o cancro, a poluição e os assaltos.
