Quando estão mais de 30 graus lá fora, toda a gente procura um pouco de ar fresco. Mas, uma coisa é aliviar o calor, outra é passar frio no trabalho em pleno verão, sugere o El Confidencial.
Esta disparidade de temperaturas entre ‘lá fora’ e dentro da empresa provoca muitas vezes sintomas que se poderiam aplicar a um cenário de pleno janeiro: dor de garganta, calafrios, gripe.
É como se tratasse de uma ‘conspiração’, “toda a gente se queixa mas ninguém faz nada”, sublinha o mesmo meio. Mas, afinal, porque é que põem o ar condicionado sempre tão frio? Muitos artigos e especialistas têm tentado responder a esta questão. O El Confidencial reuniu alguns argumentos razoáveis.
Richard de Dear, diretor do Laboratório de Qualidade do Meio Ambiente nos Interiores da Universidade de Sidney, disse num artigo publicado no The New York Times que se trata de uma questão de estatuto social. “Ser capaz de fazer com que as pessoas sintam frio no verão é sinal de poder”, explica o investigador.
Pode parecer absurdo mas a verdade é que nas lojas de luxo, num stand de carros luxo ou num banco a temperatura do ar condicionado está muito mais fria do que numa loja de rua ou numa empresa pequena.
Há ainda quem defenda que as baixas temperaturas favorecem a produtividade. Um estudo da Universidade de Cornell já veio desmentir esta ideia concluindo que os trabalhadores cometem mais erros quando a temperatura se encontra entre os 20 e os 22 graus do que quando a temperatura está entre os 23 e os 24 graus.
Manter o escritório frio também faz com que as pessoas sigam o código de vestuário da empresa. Ou seja, se sabe que no escritório vai estar muito frio não vai ter vontade de ir de calções e chinelos ou de vestido de verão, por exemplo.
Seja como for, o uso ‘incorreto’ do ar condicionado pode dar origem a cerca de 20% dos resfriados que se apanham ao longo do ano. A falta de circulação do ar também pode secar as mucosas do nariz, causar infeções na garganta, irritação nos olhos, dores de cabeça e, em casos mais graves, pneumonias.
