"Esta é a essência dos casais felizes: a missão de fazer o outro feliz"

Se para dançar o tango são precisas duas pessoas, para salvar relações são precisas três. E a autora Cláudia Morais é exemplo disso.

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Daniela Costa Teixeira
09/10/2015 07:00 ‧ 09/10/2015 por Daniela Costa Teixeira

Lifestyle

Cláudia Morais

Antes de escrever sobre ‘Os 25 Hábitos dos Casais Felizes’ (editora Manuscrito), Cláudia Morais já leva 15 anos de psicologia, grande parte do tempo dedicada aos casais e ao bem-estar da relação a dois.

Ao Lifestyle ao Minuto, esta especialista revela como é, de facto, a vida de um casal e como é fácil cair num ciclo vicioso de passividade numa relação. Mas, quando é que tudo começa?

“À medida que o tempo passa e nos sentimos mais seguros na relação é fácil deixar de elogiar, deixar de achar graça àquilo a que antes achávamos graça, deixar de apreciar as qualidades da outra pessoa e deixar de nos sentirmos gratos por isso. Passamos a queixar-nos mais vezes e, se não prestarmos atenção, damos por nós a ralhar e a criticar muito mais vezes do que elogiamos”, explica a também autora do blogue A Psicóloga, frisando que “há cada vez mais casais a pedir ajuda especializada” e que “de um modo geral, são as mulheres que mais frequentemente e mais cedo recorrem a este tipo de ajuda”.

Os pecados de uma relação

A “desconexão” – enfatizada pelos casais nos “problemas de comunicação, discussões frequentes, falta de intimidade sexual, dificuldades de relacionamento com a família alargada ou infidelidade – é o principal motivo que leva um casal a procurar ajuda. E a procura não escolhe idades: “Recebo pedidos de ajuda de todas as faixas etárias mas o mais comum são casais com filhos pequenos ou em idade escolar. Esse é o período em que há mais exigências, mais solicitações, e em que é relativamente fácil distrairmo-nos da relação conjugal”.

E se a desconexão consegue desconectar um casal, a “desvalorização do que o outro está a sentir” assume-se como “um dos maiores pecados”. Não estar presente, não prestar atenção e não incentivar são alguns dos comportamentos que levam a este problema, mas, destaca Cláudia, “o mais difícil talvez seja lembrarmo-nos de fazer o que estiver ao nosso alcance para que a pessoa que está ao nosso lado seja feliz e alcance os seus sonhos”.

“É fácil assumirmos uma postura egoísta e, na medida em que haja problemas, na medida em que não nos sintamos totalmente preenchidos, é fácil desistir de lutar pela felicidade da outra pessoa. Mas esta é a essência dos casais felizes: eles têm uma missão: cada um é responsável por fazer o outro feliz. Quando isto acontece, tudo se torna mais fácil”, explica a especialista.

O sexo como calcanhar de Aquiles

O toque é para a psicóloga, um dos “hábitos essenciais”: “os gestos de afeto são a linguagem universal do amor e a forma mais clara de dizermos ‘gosto de ti’”. Mas, diz o livro, é o sexo o “ponto sensível” de uma relação.

“O sexo é um dos assuntos sensíveis para os casais em crise. Nas relações felizes o sexo também é importante – é mais uma forma de aquelas duas pessoas se ligarem e assumirem que se amam. Curiosamente, quando tudo corre bem ao nível emocional, acaba por ser mais fácil que as duas pessoas se sintam seguras para se exporem neste campo”, afirma ao Lifestyle ao Minuto, mas não deixa de salientar que “a chegada dos filhos podem representar um terramoto para alguns casais, levando-os a maior distância emocional, maior sensação de desamparo”.

Quando isso acontece, “o sexo pode transformar-se num problema”, sobretudo porque o “afastamento físico é mais comummente sentido como uma forma de rejeição e a mágoa é maior”.

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