Existem duas formas de programar o despertador: colocar uma única hora ou vários horários intervalados até ao momento em que já não se pode adiar mais. Embora sejam estas duas técnicas bastante comuns, apenas uma está correta.
Segundo o Buena Vida do El País, adiar o despertador nada mais faz do que criar um estado de sonolência e desorientação, algo a que a ciência chama de inércia do sono.
Este hábito, diz o Juan José Ortega, vice-presidente da Sociedade Espanhola do Sono (SES), pode ser prejudicial pois engana o ‘despertador interno’, podendo alterar o ritmo circadiano, isto é, o relógio biológico.
“O nosso organismo preparara-se para despertar duas horas antes da hora. Primeiro, alcança-se o pico mais baixo de temperatura corporal, depois, a melatonina desce até ao nível mais baixo e, de seguida, sobe o cortisol”, diz o especialista, frisando que acordar várias vezes antes de ‘realmente acordar’ baralha todo este processo natural do despertar.
Robert S. Rosenberg, diretor médico do Centro de Distúrbios do Sono em Prescott Valley (Estados Unidos), acrescenta ainda que o botão de snooze (o dito adiar o despertador) “fragmenta o sono” e faz com que seja de má qualidade. Além disso, pode causar sonolência ao longo do dia, prejudicando o desempenho.