Ménière descreveu-a no século XIX e até hoje continua por descobrir a real causa da síndrome vertiginosa, conhecida como Doença de Ménière.
Trata-se de um distúrbio do ouvido interno que provoca a sensação de rotação e queda, a dita vertigem. A perda auditiva pode ser momentânea ou contínua, sendo também comum acontecer casos de zumbido ou sensação de pressão.
Embora a origem concreta desta doença crónica não esteja, ainda, decifrada, são vários os aspetos que podem interferir com o seu aparecimento, como o consumo de tabaco e álcool, as alergias, os problemas de circulação sanguínea, as infeções virais (como o herpes) ou possíveis traumatismos. A enxaqueca e uma resposta imunitária anormal (como a doença de lúpus) podem também ser apontados como causadores da doença.
De acordo com Instituto Nacional de Surdez e Outros Distúrbios de Comunicação dos Estados Unidos, esta doença é causa pela acumulação de fluido no compartimento do ouvido interno chamado labirinto, que possui duas secções: a óssea e a membranosa. É nesta última secção que que se verifica a acumulação de endolinfa, o líquido que acaba por ser responsável pelos sintomas desta doença.
Entre os principais sintomas da doença de Ménière está a constante sensação de vertigem (de pelo menos 20 minutos), zumbido no ouvido, perda auditiva temporária e a sensação de ouvido entupido.
Embora se trate de uma doença sem cura, é possível prevenir os sintomas com a toma de medicamentos adequados, com padrões alimentares saudáveis, administração de injeções e, em casos mais extremos, com o recurso a cirurgia.
Esta doença crónica pode surgir em qualquer idade, sendo mais comum nas pessoas entre os 40 e os 60 anos.