A anemia é a condição na qual o número de células vermelhas no sangue ou a sua capacidade de transportar oxigénio é insuficiente para atender às necessidades fisiológicas, que variam de pessoa para pessoa consoante a idade, o sexo, a altura, o peso e o estilo de vida (e possíveis vícios, como o tabaco). As crianças e as grávidas são os grupos mais vulneráveis a este problema.
A definição é dada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que, no seu site, revela que a deficiência de ferro é a causa mais comum de anemia no mundo, embora esta condição possa ser também impulsionada pela carência de outros micronutrientes, como a vitamina A e a vitamina B12, ou por doenças hereditárias, inflamações crónicas ou infeções parasitárias.
Entre os sintomas mais comuns – mas que espelham alguma gravidade – estão a fadiga, a fraqueza, as tonturas, a palidez, a falta de apetite, o batimento cardíaco acelerado e a sonolência.
A OMS define anemia como uma concentração de hemoglobina inferior a 13g/dl nos homens com mais de 15 anos e de 12g/dl nas mulheres com mais de 15 anos. Nas crianças até aos 15 anos e nas grávidas, o valor de 11g/dl é indicativo de anemia.
Mas tratando-se, maioritariamente, de uma condição causada pela falta de nutrientes, a anemia pode ser prevenida e controlada no dia-a-dia, quando adotadas algumas medidas saudáveis.
Segundo a OMS, aumentar a ingestão de alimentos ricos em ferro heme (de fácil absorção) é o primeiro passo a dar por quem precisa de tratar ou evitar a anemia. Neste leque, como lhe revelámos aqui, incluem-se a carne vermelha, o marisco, o tofu e os brócolos, por exemplo.
Mas não basta introduzir na dieta alimentos com bons níveis de ferro. É igualmente importante estimular a absorção total do nutriente, algo que se consegue evitando a ingestão simultânea de anti-ácidos, cálcio, filatos, alumínio, magnésio e zinco. Leite, chá, café e espinafres são alimentos a evitar, mas juntar salada e citrinos (ácido ascórbico) à refeição é uma forma de aumentar a absorção de ferro, como indica a Administração Regional de Saúde do Norte, num documento publicado online.
Melhorar o estado nutricional controlando e prevenindo possíveis deficiências de vitamina A, vitamina B12 e ácido fólico é outra medida a ter em conta.
Nos casos mais graves de anemia, a toma de medicamentos e suplementos à base de ferro pode ser necessária, sendo recomendada por um médico.