‘Antes só, que mal acompanhado’. Esta é uma frase que todos nós já ouvimos (ou dissemos) em algum momento da nossa vida e que, muitas vezes, foi usada para justificar o estado civil. Mas, e se for realmente verdade?
A ciência interessou-se sobre o assunto e descobriu que o conselho que tantas vezes as nossas mães e avós nos deram tem mesmo um fundamento. Afinal, é mesmo verdade que mais vale estar só do que mal acompanhado.
A ideia é defendida por um estudo da Universidade de Buffalo (Estados Unidos), publicado no jornal científico Family Psychology e que revela que ser solteiro tem um impacto menos nocivo para a saúde do que estar numa relação infeliz, tal como comprovaram os dois anos de análise a jovens casais com relações de longa data.
Os participantes – que podiam ser ou não casados e cujas relações podiam terminar a qualquer momento do estudo – tiveram que revelar pormenores sobre a relação que tinham e sobre os sentimentos que esta lhes provocava. Foram colocadas questões acerca do próprio comportamento e da forma de agir da cara-metade (dentro e fora da relação) e ainda sobre o nível de satisfação, a tendência para comportamentos hostis, críticos ou apoiantes de ambos.
Depois de analisarem as respostas e a tendência para os casais se manterem unidos durante o período analisado, os investigadores liderados por Ashley Barr concluíram que estar numa relação feliz tem um impacto altamente positivo na saúde do casal, enquanto estar solteiro é melhor do que estar numa relação instável – e que está associada a sintomas depressivos, abusos de substâncias e álcool e ainda descuidos com a própria saúde e imagem.
De acordo com a investigação, divulgada no site da universidade, a estabilidade de uma relação tem um impacto direto na saúde dos jovens adultos, não sendo, porém, relevante se o casal está casado ou apenas a morar na mesma casa.