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Problema: Laticínios e glúten. Superalimentos, a solução?

Aquilo que comemos tem um impacto direto na nossa saúde e algumas das crenças mais enraizadas na sociedade podem mesmo estar a tirar anos de vida às pessoas. Veja o que a naturopata Diana Patrício tem dizer sobre os vilões e os heróis da alimentação.

Problema: Laticínios e glúten. Superalimentos, a solução?
Notícias ao Minuto

07:10 - 08/08/16 por Daniela Costa Teixeira

Lifestyle Diana Patrício

"Há uma maior consciência e uma vontade de mudar, mas depois ficam um bocadinho perdidas sobre como abraçar essa mudança e o livro vem ajudar nesse sentido". Diana Patrício fala-nos de 'Pare, mude e escute' [Chá das Cinco], a obra em que dá a conhecer às pessoas a importância de ouvirem todos os sinais que o corpo emite, mesmo aqueles que parecem banais.

Mas é também no seu livro que a naturopata revela que aquilo que comemos tem um verdadeiro impacto na saúde das pessoas. Em conversa com o Lifestyle ao Minuto, a especialista explica porque é que colocou os lacticínios e o glúten como um problema e porque é que os superalimentos podem ser o boost que falta ao dia-a-dia das pessoas.

Os problemas chamados lacticínios e glúten

Apesar de sentir uma maior abertura das pessoas em relação à alimentação, Diana Patrício confessa que "há ainda alguns mitos em relação aos laticínios, por exemplo, que, na verdade, nunca foram um alimento adequado para nós humanos".

"Todos os laticínios são feitos com o leite de um animal e esse alimento não é de todo adequado para um humano, o que lá está é para que o animal pequenino, ainda recém-nascido, consiga atingir um peso num espaço de tempo muito curto e todas as hormonas, os fatores de crescimento, toda a proteína e até os minerais que estão no leite foram concebidos para esse fim. É verdade que o leite, analisando bioquimicamente, é muito rico em vitaminas e minerais, mas depois, na realidade, esses alimentos dentro do nosso corpo não são assim favoráveis para nós", indica, frisando que "ainda há pessoas que acham que os lacticínios são alimentos saudáveis quando, na verdade, não são".

Mas o glúten é também traçado como um "problema" no seu livro. De acordo com a naturopata, o "glúten é um conjunto de proteínas que nenhum de nós tolera muito bem, embora haja pessoa que têm uma reação muito mais exacerbada, são os doentes celíacos, mas existe um expecto de pessoas muito grande que, de alguma forma, mais ou menos intensa, com mais ou menos sintomas, que sofre com a ingestão de glúten, porque lá está, é um conjunto de proteínas que não é bem digerido por nós e, depois, dependendo de cada pessoa, os sintomas podem surgir em vários sistemas, de sintomas mais intensos a sintomas mais subtis".

"A verdade é que o glúten não é saudável para ninguém e a questão do glúten fala-se muito nos dias de hoje porque o trigo sofreu há uns anos mais ou menos duas ou três décadas alterações genéticas, portanto, foi geneticamente manipulado e nos dias de hoje temos pão com muito mais glúten do que tínhamos há 30 anos, por isso vemos mais pessoas que não se sentem bem com o pão ou massas", refere, dizendo ainda que "retirar o trigo, o centeio e a cevada não tem qualquer perigo para a saúde da pessoa, terá perigo sim se a pessoa for substituir estes cereais por um alimento que não é saudável e aqui faço também o aviso de que os alimentos processados que são vendidos sem glúten também não são opção, porque esses alimentos têm uma série de outros anti-nutrientes, vêm normalmente carregados de açúcar e de sal, por isso, não é opção".

Os superalimentos, ou melhor, a supersolução?

Ao Lifestyle ao Minuto, Diana Patrício descreve um superalimento como "um alimento que reúne condições geniais", mais concretamente, "um alimento que mesmo em muito pequenas quantidades consegue dar uma riqueza nutricional muito grande e muito valiosa em termos de saúde".

Para a especialista, os superalimentos "são alimentos que, mesmo em pequenas quantidades, são muito ricos em determinadas vitaminas e minerais, que são benéficos para determinados problemas de saúde, como o camu camu que é uma fruta amazónica com quantidades muito elevadas de vitamina C e, por isso, pode ser utilizado quer na prevenção quer como adjuvante no tratamento de problemas infecciosos, porque ajuda a dar alguma resistência em termos de sistema imunitário".

Mas existem outros e a naturopata dá exemplo de dois altamente eficazes: "o gengibre, por exemplo, que é extremamente anti-inflamatório e antioxidante, a curcuma a mesma coisa".

"Uma pequenina quantidade de de um deste superalimentos é uma mais-valia para as pessoas", conclui.

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