O lado bom e o lado mau das leguminosas

São uma fonte de proteína vegetal e dos alimentos mais completos a nível nutricional. E não faltam motivos para comer leguminosas - mas há que ter cuidado.

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Daniela Costa Teixeira
12/09/2016 17:20 ‧ 12/09/2016 por Daniela Costa Teixeira

Lifestyle

Dieta

As pessoas que seguem uma alimentação isenta de alimentos de origem animal fazem das leguminosas as protagonistas das principais refeições. Feijões, grão-de-bico e lentilhas, ervilha, fava e grão de soja são as opções e os benefícios são mais do que muitos.

Proteína e fibra solúveis são as duas palavras de ordem no que toca às descrições das leguminosas e aquelas que mais se destacam na composição nutricional – e que estão na origem da inclusão das leguminosas na dieta vegan e vegetariana. Por exemplo, como destaca o site Authority Nutrition, uma chávena de lentilhas oferece 18 gramas de proteína e 16 gramas de fibra, além de uma boa dose de ferro, folato, magnésio, potássio e vitaminas B1, B3, B5 e B6, entre outros nutrientes.

O consumo regular e adequado de leguminosas está associado a um menor risco de doenças cardíacas, a uma melhor regulação dos níveis de colesterol e a uma queda da pressão arterial, fatores que fazem das leguminosas aliadas da boa saúde do coração.

O feijão é conhecido pela Medicina como um detentor de isoflavonas e os fitosteróides, dois compostos químicos presentes em plantas que têm uma ação potente na prevenção do cancro. A obesidade também pode ser combatida com uma maior ingestão destes alimentos vegetais, uma vez que são altamente saciantes e ricos em fibra, o que ajuda a combater o excesso de peso e a diabates, como diz o site Reader’s Digest.

Contudo, nem todas as leguminosas possuem os aminoácidos essenciais, o que faz com que não sejam uma fonte proteíca de excelência – algo que pode ser contornado com a combinação de leguminosas e cereais, como destaca o site Viva Saudável. Além disso, as leguminosas podem requerer alguns truques para que a sua digestibilidade seja mais eficaz: cozinhá-las com bicarbonato de sódio e combiná-las numa refeição com cereais são duas das técnicas mais aconselhadas. Tal deve-se à existência de alguns anti-nutrientes na sua composição e que podem tornar a digestão um processo bastante penoso, especialmente se se tratar de uma pessoa mais sensível. Esses anti-nutrientes são o ácido fítico – que pode diminuir a absorção de alguns nutrientes, como o zinco e o cálcio –, as lectinas (proteínas que resistem à digestão e que podem afetar as células do trato intestinal), as saponinas (também resistentes à digestão e possíveis causadores da permeabilidade intestinal).

As leguminosas, quando consumidas em excesso e/ou mal confecionadas, podem ainda desencadear dores de cabeça e reações alérgicas.

Quem pretende fazer das leguminosas protagonistas das refeições principais devem procurar a ajuda de um médico ou nutricionista para saber se existe algum tipo de alergia ou se é necessária alguma mudança na alimentação para evitar ou atenuar as consequências do consumo destas proteínas vegetais.

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