Será fome ou vontade de comer? Esta é a primeira questão a que deve responder quando o apetite surge. Distinguir a fome orgânica da fome emocional e ter em conta os aspetos que podem estar a interferir com essa vontade de comer, como é o caso das emoções, é um dos primeiros passos a seguir e dos que mais facilmente evita o ato de comer apenas por comer.
Contudo, mais do que entender a fome e aprender a controlá-la, é preciso perceber porque é que se está sempre com fome e como alguns dos nossos hábitos diários mais comuns podem estar a inferir com o apetite, aumentando-o desenfreadamente e sem que haja necessidade para tal.
Como explica à edição norte-americana da revista Cosmopolitan o professor de Medicina Amit Sood, existem alguns aspetos rotineiros que fazem com que as pessoas queiram comer mesmo quando não têm fome. Um deles é o facto de estar muito tempo concentradas ou a pensar num assunto sério, como acontece no trabalho e perante projetos que merecem a máxima atenção. Aqui, explica o médico, a fome deve-se ao estado de exaustão do cérebro, que acaba por confundir cansaço com vontade comer.
Estar a fazer várias coisas ao mesmo tempo que se come é um outro aspeto que traz fome, tal como assistir a um filme de muita ação ou muito choro. Conta a publicação que um estudo revelou que os filmes com várias ações ou com ações muito emocionais levam a que as pessoas petisquem mais do que o devido.
Ver algo realmente com bom aspeto e delicioso ou simplesmente ser ‘hora de comer’ (hora de almoço, hora de jantar, etc.) são outros dois fatores a ter em conta na hora de avaliar o verdadeiro motivo para alguém estar a comer sem querer.
Confundir fome com sede é também uma constante, assim como ter a mesa onde se come completamente desarrumada, algo que interfere com a capacidade da pessoa se concentrar nos alimentos que está a ingerir.
Um acontecimento mau ou mais stressante é também um motivo para que o seu corpo queira comer mesmo sem ter fome, uma vez que vai olhar para a comida como um refúgio e forma de conforto.