A obesidade é vista como a epidemia do século XXI, uma condição caraterizada pela acumulação de tecido adiposo de forma anormal e excessiva. Milhões de pessoas no mundo padecem desta condição, também ela muito dependente do estilo de vida. Diz a Organização Mundial da Saúde (OMS) que a obesidade é uma das doenças que mais mata direta e indiretamente.
A obesidade e o sedentarismo andam de mãos dadas e a falta de atividade física não só pode provocar o ganho exagerado de peso, como pode agravar esta condição de dia para dia.
Mas, em que medida a obesidade pode colocar a saúde em risco? Como tem revelado a ciência com estudos atrás de estudos sobre esta temática, o excesso de peso é capaz de tirar saúde a curto, médio e longo prazo e até mesmo condicionar a saúde e qualidade de vida das gerações futuras. Diz a ciência que quando os pais são obesos a probabilidade dos filhos também o serem é grande.
A associação entre obesidade e problemas cardiovasculares é a mais comum e a mais recorrente, uma vez que o excesso de gordura interfere diretamente com o estado das artérias, que ficam bloqueadas ao ponto da circulação sanguínea ficar comprometida. A pressão arterial é também uma consequência direta, assim como o acidente vascular cerebral (AVC), que pode mesmo ser fatal quando a formação do coágulo de sangue ocorre junto ao cérebro. E por falar em sangue, sabia que a obesidade aumenta consideravelmente as concentrações de gordura no sangue, aumentando os níveis de triglicéridos e do colesterol mau?
Voltando ao sedentarismo, a falta de atividade faz com que a obesidade e a diabetes tipo 2 atuem como aliadas contra a saúde, podendo esta (também) doença de estilo de vida ser uma das principais responsáveis pela morte prematura em todo o mundo.
A obesidade consegue ainda ser a causa da síndrome metabólica, uma condição que faz crescer o risco de doença coronária. A saúde mental também fica a perder, sabendo-se que esta condição tem um peso altamente nocivo no cérebro. E há um estudo que revela mesmo que as pessoas com obesidade não têm capacidade mental para se controlarem.
O cancro - nas suas mais variadas vertentes , como têm revelado alguns estudos -, a osteoporose, a apneia do sono e a síndrome de hipoventilação por obesidade são outras doenças que têm a acumulação anormal gordura como causa.
A infertilidade e as dificuldades em manter uma vida sexual ativa – seja por dificuldades a nível físico ou emocional – são outros aspetos cujo impacto da obesidade é bastante negativo e pode ainda dar origem a depressão.
E como se não bastasse, a obesidade pode reduzir a esperança média de vida.