'Beleza sem coelhinhos'. A cosmética que não é testada em animais
Celebra-se esta segunda-feira o Dia Mundial do Animal de Laboratório, uma data que tem como objetivo travar o uso de animais em testes para fins industriais, comerciais, científicos ou educacionais. Para assinalar a data, o Lifestyle ao Minuto foi à procura das melhores alternativas com o selo da PETA.
© iStock
Lifestyle Cruelty-free
A cosmética é um dos espelhos mais fiéis da ciência. Todos os anos são lançados novos produtos, cada vez mais inovadores, mais arrojados e, sem sobra de dúvidas, mais eficazes nos fins a que se propõem.
Alguns destes produtos são o resultado de anos ou décadas de estudo, uns têm por base descobertas detentoras de prémios Nobel, outros centram-se nas mais recentes conclusões científicas e alguns recorrem a ingredientes difíceis de decifrar, mas cujos poderes são quase inexplicáveis. Mas nem tudo tem de ser química.
'Beauty Without Bunnies'
Embora ainda sejam recorrentes os testes de experimentação em animais – mesmo estes estando cada vez mais regulados - tem-se verificado nos últimos anos um crescimento das marcas que apostam em gamas e linhas de cosmética isentas de experimentação em bichos. A isto a PETA dá o nome de ‘beleza sem coelhinhos’ (Beauty Without Bunnies).
Falamos, claro, dos produtos de cosmética, higiene pessoal e ambiental que o organismo rotula como ‘cruelty-free’, isto é, sem sofrimento para os animais. Esta tendência vem, muitas vezes, de mão dada com a criação de produtos vegetarianos ou até mesmo vegan.
No seu site, a PETA dá uma visão ampla das marcas e empresas que testam em animais e daquelas que estão em vias de o deixar de fazer. Além disso, revela ainda os produtos – por tipo de categoria (bebé, higiene pessoal, cosmética, limpeza, etc.) – que são ou não testados nos bichos e que contêm ou não ingredientes de origem animal na sua composição. Os parceiros da ‘Beauty Without Bunnies’ são também destacados, assim como todas as alternativas cruelty-free e vegan disponíveis em vários países.
A PETA tem assumido uma postura bastante firme e crítica na atribuição do selo, excluindo, por isso, marcas/empresas/grupos que dizem seguir as normas dos seus países (que proíbem ou limitam a experimentação animal), mas que continuam a recorrer a laboratórios na China, onde a experimentação animal é ainda uma prática e um requisito para se obter um selo de qualidade.
Para que uma empresa/marca ganhe o selo da PETA – o famoso ‘coelhinho’ - é necessário que se comprometa a “fabricar produtos sem prejudicar quaisquer animais”, lê-se no seu site, que destaca que “a lista não inclui empresas que fabricam apenas produtos que são obrigados por lei a serem testados em animais (por exemplo, produtos farmacêuticos e produtos químicos de jardim)”.
Todas as empresas que estão incluídas na lista de isenção de crueldade da PETA assinaram a declaração de garantia da PETA ou enviaram uma declaração em que confirmam que nem as empresas nem os seus fornecedores de ingredientes conduzem, comissionam ou pagam por testes em animais para ingredientes, formulações ou produtos acabados, diz a PETA no seu site
Beleza sem crueldade à venda em Portugal
O documento que diz respeito às marcas analisadas pela PETA (e que foi atualizado no passado dia 19) prova que não faltam opções ‘cruelty-free’ e vegan em todo o mundo. Portugal não é exceção, embora uma boa fatia das alternativas esteja no estrangeiro e, por isso, exija uma compra online.
A Dermalogica, a Burt's Bees, a Yes to Carrots, cujos produtos estão à venda em algumas lojas online como a Biovea e Look Fantastic, são exemplos de marcas que se vendem em Portugal e que têm o selo da PETA. Devemos ainda incluir aqui a australiana Aésop, a Aveda e a bareMinerals, à venda no site Fragâncias e Cosméticos Co., e a Ren, que vende no site Sweet Care.
A Gosh, que tem uma boa parte dos seus produtos à venda nas lojas Wells, e a Marc Jacobs Beauty, a Too Faced Cosmetics e a Urban Decay (todas à venda, por exemplo, na Sephora) são outros exemplos de 'beauty without bunnies' que estão presentes por cá, mas cuja compra não necessita de ser digital. Embora pertença à L’Oréal, grupo empresarial que, segundo a PETA, mantém testes em animais em algumas das suas linhas, a Urban Decay assumiu um compromisso se não recorrer aos animais e é atualmente uma das mais impactantes parceiras da PETA.
A The Body Shop, a Lush e a NYX Professional Makeup são marcas que possuem lojas físicas no nosso país e que constam na lista 'cruelty-free' da PETA, tal como a H&M.
Mas, como já destacamos, estes são apenas alguns exemplos, existindo mais marcas e produtos ‘cruelty-free’ disponíveis para compras a partir de Portugal. Como revela o site Cruelty Free International, ao todo, são 41 as marcas que não testam em animais e que podem ser compradas no nosso país, contudo, nem todas estas marcas possuem o selo da PETA, tal como acontece com a marca portuguesa Organii, que é biológica e cruelty-free mas que não possui o selo da PETA.
“Todos os produtos biológicos certificados estão proibidos de efetuar testes em animais no produto final, tal como terem sido efetuados testes em animais nas matérias-primas que os compõem, pelo que todos os produtos na Organii são cruelty-free”, lê-se no site da marca.
Para assinalar o Dia Mundial do Animal de Laboratório, que se celebra hoje, o Lifestyle ao Minuto foi à procura das melhores alternativas que não testam em animais e que têm o selo da PETA. Nas imagens acima vai encontrar opções dos pés à cabeça.
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