Glúten também faz bem à saúde. E temos aqui cinco provas

Numa altura em que há cada vez mais pessoas a banirem o glúten da alimentação mesmo não tendo a doença celíaca, há que falar dos benefícios desta proteína presente em cereais.

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Daniela Costa Teixeira
15/05/2017 18:30 ‧ 15/05/2017 por Daniela Costa Teixeira

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O glúten é um conjunto de proteínas presente em cereais como o trigo, a cevada e o centeio, podendo ainda estar na aveia quando esta é alvo de contaminação – algo que acontece se for produzida nas mesmas máquinas por onde passaram os outros cereais com glúten.

Nos casos de diagnóstico da doença celíaca (condição auto-imune causada por uma sensibilidade permanente ao glúten que, quando ingerido, causa lesões intestinais e pode mesmo comprometer a absorção de outros nutrientes por parte do organismo), a ingestão de glúten deve ser evitada ao máximo, contudo, existem cada vez mais pessoas que banem este componente alimentar por acreditarem que a saúde fica a ganhar e que conseguem também emagrecer mais rapidamente.

Embora a exclusão do glúten possa ser, de facto, benéfica em algumas pessoas que não são celíacas mas que não digerem bem este conjunto de proteínas, há que salientar que existem vários riscos associados a esta decisão alimentar, especialmente quando feita sem recomendação ou acompanhamento médico. Além disso, o glúten tem os seus benefícios e há que conhecê-los.

E um desses benefícios é a redução do risco de exposição a metais pesados. Um estudo publicado este ano revela que as pessoas que ingerem menos glúten apresentam uma maior acumulação de metais pesados (como o mercúrio e o chumbo) no organismo e tudo porque tendem a comer mais peixe e arroz.

Diz ainda a ciência que quem consome alimentos com glúten corre um menor risco de sofrer de diabetes do que aqueles que banem este conjunto de proteínas da alimentação. Na prática, destaca o Mind Body Green, a investigação aponta para um menor risco na ordem dos 13%, valor que pode ser ainda mais relevante se a pessoa que exclui o glúten cai no erro de optar por alimentos processados que se rotulam como isentos de glúten. E uma vez que não há a tentação de comprar produtos industrializados que se intitulam como ‘sem glúten’, a inclusão de alimentos com esta proteína reduz ainda o risco de ingestão de calorias extra.

Para que a exclusão do glúten não resulte no ganho de peso, o melhor é mesmo não comprar os alimentos industrializados que estão à venda nas grandes superfícies, mas sim fazer em casa o próprio pão, os próprios bolos e as próprias bolachas. Estas são as farinhas que deve experimentar.

No que diz respeito à saúde do coração, o gúten pode ser também um aliado e quem o diz é a Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard, que indica que as pessoas que não excluem o glúten da alimentação correm um risco de doença coronária 15% menor.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), citada pelo Mind Body Green, existem ainda evidências científicas de que o consumo de glúten reduz o risco de cancro colo-rectal em 17% e tudo graças ao consumo de somente 90 gramas de cereais integrais por dia.

No caso das crianças, a exclusão do glúten tem também alguns riscos associados.

Se mesmo com todos estes alertas pretende inicoar uma dieta sem glúten, então o melhor é procurar o aconselhamento de um médico e/ou nutricionista e esquecer estes mitos.

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