Os cães também envelhecem e passam a enfrentar problemas de saúde típicos da idade.
A médica veterinária Gisele Vieira Sechi, do Hospital Veterinário Intensiva (HVI), de Curitiba, no Brasil, explica que as raças e os portes dos cães são fatores que determinam quando um cão pode ser considerado idoso.
“Um animal de pequeno porte tende a apresentar um tempo de vida mais prolongado e, por isso, é considerado idoso mais tardiamente quando comparado a um cão de grande ou médio porte”, esclarece. Lembra que se os animais forem submetidos a check-up periodicamente, tenham cuidados e alimentação adequadas têm condições para viver mais.
Um animal de estimação idoso está predisposto a diversas doenças, acentua a médica. Por isso, é necessário que o proprietário fique sempre atento a qualquer alteração no comportamento e no estado de saúde.
Entre as principais doenças que afetam o animal idoso estão as articulares, cardiovasculares, neoplásicas, renais e endócrinas. Gisele observa que os donos devem tomar algumas medidas para aliviar as dificuldades que o animal de estimação atravessará com o avançar da idade.
“É necessário que seja submetido a avaliações de rotina para determinar se não apresenta sintomas compatíveis com essas doenças”, destaca a veterinária. A avaliação preventiva, muitas vezes baseada em exames, possibilita o tratamento precoce e a melhoria da qualidade de vida, acrescenta.
Também é muito importante que o animal de estimação idoso receba rações adequadas para a sua faixa etária, com suplementações específicas que aliviem algumas doenças.
Segundo a médica, o cão irá apresentar mudanças de comportamento quando começar a envelhecer. Cita que pode aumentar as suas horas de sono, não realizar as atividades que normalmente efetuava com tanta intensidade e pode ainda apresentar desconfortos relacionados a problemas articulares e ósseos, fazendo com que permaneça mais tempo em repouso.
O exercício para animais de estimação idosos deve ser feito de maneira cautelosa, ensina Gisele. “Podem ser realizadas caminhadas leves e até mesmos exercícios com acompanhamento de um veterinário fisioterapeuta, que poderá ajudar na recomendação e execução de exercícios mais apropriados”, recomenda.