Criado na Itália em 1986, o 'Slow Food' (comida lenta, em tradução livre) é um conceito que prima pelo prazer da alimentação e pelo uso de produtos de qualidade que respeitem o meio-ambiente, o oposto do que acontece com o já badalado movimento do 'fast food' (comida rápida).
Este movimento, que apela à calma e ao prazer, tem como filosofia saborear a comida e associar o prazer da alimentação à consciência e responsabilidade perante o planeta. “É inútil forçar os ritmos da vida. A arte de viver consiste em aprender a dar o devido tempo às coisas”, diz Carlo Petrini, fundador do Slow Food.
Segundo o médico Juliano Pimentel, o Slow Food pretende manter as tradições alimentares locais e aumentar o interesse das pessoas pelos alimentos que comem e pelo impacto que a produção dos mesmos tem no meio-ambiente.
Os três pilares que dão vida ao Slow Food são o bom, o limpo e o justo. O 'bom' dá-se porque os alimentos devem ter qualidade, devem ser sazonais, saborosos e saudáveis; o 'limpo' é porque a produção e consumo não devem prejudicar o ambiente, o bem-estar animal ou a saúde. Já o 'justos' é aplicado porque os preços devem ser acessíveis para produtores e consumidores.
Slow Food é um movimento que zela ainda pela importância de os alimentos terem tempo para crescer, algo que é essencial para alimentos orgânicos e sustentáveis. Os animais também não devem receber ração para se tornarem maduros mais rapimente.