Tal como o peixe, a carne vermelha pode ser consumida crua ou cozinhada. Sendo que geralmente é consumida crua em pratos como carpaccio ou bife tártaro.
Óscar Picazo Ruiz, químico e nutricionista espanhol que vai estar no IV Congresso Europeu de Nutrição Funcional a explicar que, mais importante que o alimento, é o seu modo de confeção, falou com o Lifestyle ao Minuto e, entre outras coisas, comentou as diferenças entre comer carne crua ou cozinhada.
“Há pratos deliciosos com carne crua, como um bom carpaccio, ou um bife de tártaro. Sem que se garantem as condições de higiene, não há problema”, refere.
Explica que “com a carne vermelha o problema é geralmente o oposto. Geralmente [as pessoas] cozinham demais e queimam o exterior. Isso gera substâncias como hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAP) ou aminas heterocíclicas, que são tóxicas e podem espoletar alterações celulares que degeneram em mutações ou cancro”.
Sublinha que apesar de a quantidade produzida dessas substâncias numa única ingestão não ser alarmante, “é aconselhável que se evite ao máximo consumir alimentos ‘queimados’ ou cozinhados em churrasco a carvão, de forma muito frequente. Mas, obviamente que no contexto de uma dieta saudável, desfrutar de um churrasco ocasional dá felicidade.”