Será que prender um espirro faz assim tão mal?

Enquanto algumas pessoas são totalmente barulhentas, outras tendem a prender o espirro. Mas será que é um bom hábito?

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Daniela Costa Teixeira
07/11/2017 07:00 ‧ 07/11/2017 por Daniela Costa Teixeira

Lifestyle

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Seja por hábito ou por vontade de não fazer barulho - como pode acontecer quando se está no cinema ou num espaço mais silencioso -, são muitas as pessoas que tendem a prender o espirro. Mas será seguro fazê-lo? Nem por isso.

Como explica a revista norte-americana Men's Health no seu site, o espirro serve para expulsar as substâncias que causaram irritação no nariz, sendo que essa mesma expulsão deriva da pressão e pode resultar na libertação de ar a seis ou oito metros de distância.

"Se mantiver a boca e o nariz fechados [no momento do espirro], a pressão gerada [para espirrar] voltará para a cabeça ou para a cavidade nasal ou pode voltar para o peito", explica o médico Erich Voigt.

Prender o espirro comprimindo o nariz ou fechando a boca, diz o médico, leva a um "aumento notável da pressão", aumento esse que pode ser "cinco a 24 vezes maior do que o de um espirro normal".

Apesar de o espirro durar meros segundos, a pressão causada pelo ato de o prender até pode parecer tão inofensiva quanto célere, mas a verdade é que "a pressão durante essa fração de segundo é tão alta que pode causar danos reais", alerta o otorrinolaringologista Ahmad R. Sedaghat, da Escola Médica de Harvad, que destaca que os ouvidos correm também riscos, pois a pressão aguentada pode percorrer as pequenas passagens que ligam a garganta à orelha média, podendo levar ao rompimento do tímpano.

Já Dale Amanda Tylor alerta ainda para o facto de o hábito de prender o espirro levar a que a pressão 'não expulsa' coloque "um pequeno vaso sanguíneo nos olhos, nariz ou tímpano em risco", embora, destaque, seja algo "muito raro", tão rato como o rompimento de um aneurisma associado ao espirro preso.

Apesar de se tratar de um hábito com alguns riscos, prender uma ou outra vez o espirro pode não ser tão nocivo como pensado, contudo, os médicos defendem a importância de não ganhar esse hábito e de tentar controlar os reflexos que possam causar o espirro.

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