Mais proteína e menos carne. Este é o segredo

Seja por questões éticas, ambientais ou de saúde, são cada vez mais as pessoas a excluir a carne da alimentação.

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Daniela Costa Teixeira
16/11/2017 10:10 ‧ 16/11/2017 por Daniela Costa Teixeira

Lifestyle

Dicas

Há muito que a nutrição deitou por terra a ideia de que apenas é possível obter bons níveis de proteína de alto valor biológico quando se consome carne ou peixes. As proteínas de origem vegetal, quando consumidas da forma correta, conseguem dar ao organismo tudo o que é necessário e sem colocar a saúde ou rendimento físico em causa.

O consumo diário de proteína é fundamental para a construção de massa muscular, para a reparação de tecidos e para a melhoria do estado de espírito, podendo a quantidade ideal diária variar de pessoa para pessoa.

Casos como Venus e Serena Williams, Mike Tyson e Lewis Hamilton são dos exemplos mais sonantes de como uma dieta vegetariana ou vegan pode mesmo ser tão ou mais eficaz do que qualquer outra, uma ideia que o nutricionista Darchite Kantelal - a exercer no Estoril Praia - já veio defender.

De acordo com um estudo publicado na revista da Associação Médica Americana, as pessoas que abandonam o consumo de carne apresentam a pressão arterial reduzida em comparação com as pessoas que não são vegetarianas. A longevidade e um menor risco de sofrer doenças crónicas são outras duas consequências positivas associadas à dieta vegetariana. Aceita o desafio de dizer não à carne pelo menos uma vez por semana?

Segundo o The Washington Post, quem é vegan ou vegetariano não restrito pode sempre optar pelos seguintes alimentos:

- Frutos secos (como a noz, a amêndoa, o caju, a castanha, o pistácio, o amendoim, etc.) e sementes (como as de girassol, linhaça, chia, cânhamo, abóbora, etc), que oferecem quatro a dez gramas de proteína por cada dose (cerca de 28 gramas, o equivalente a um punhado);

- Leguminosas (vários tipos de feijão, grão-de-bico, ervilhas e lentilhas), que oferecem entre sete a dez gramas de proteína por cada meia chávena de alimento;

- Cereais integrais (como o arroz castanho, a quinoa, a aveia, o millet e a cevada), que oferecem entre cinco a oito gramas de proteína por cada chávena de alimento;

- Soja e derivados (como o tofu, o tempeh e edamame), que oferecem até 16 gramas de proteína por cada meia chávena;

- Abacate, em que cada copo deste alimento contém quatro gramas de proteína;

- Vegetais de folha verde (como o espinafre), que contêm cinco gramas de proteína por chávena;

- Brócolos e outros crucíferos, que têm quatro gramas de proteína por cada chávena de alimento;

- Lacticínios e ovos, que oferecem entre seis a nove gramas de proteína por dose. Estes alimentos não se encaixam numa dieta vegan, mas sim num padrão alimentar ovo-lacto-vegetariana.

- Cacau cru, que oferece cerca de quatro gramas de proteína por cada 28 gramas de alimento.

Seja por questões éticas, ambientais ou de saúde, a dieta vegetariana ou vegan tem sido associada a vários benefícios, incluindo para o planeta. Sabia que ser vegetariano pode salvar vidas?

Se pretende mudar a sua alimentação e seguir um padrão com mais alimentos de origem vegetal do que animal, faça-o de forma gradual e consulte o guia do vegetarianismo criado pela Direção-Geral de Saúde, que defende que a dieta vegetariana bem planeada pode ser indicada para todos os ciclos de vida. Aqui pode encontrar um 'manual de instruções' para a dieta vegetariana... e são necessários apenas sete passos para ter sucesso (e mais saúde, claro).

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