Selfie: Fotografia que alguém tira a si mesmo, geralmente para a publicação numa rede social.
Só no Instagram há o registo de mais de 320 milhões de selfies, retratos em que a pessoa aparece quase sempre sozinha, seja em casa, na rua, no trabalho, no ginásio, no metro, no supermercado, etc.. Todas estas imagens são marcadas com a hashtag #selfie, o que mostra a necessidade de mostrar o tipo de imagem que se publicou na rede social. Há algum mal nisto? À primeira vista não, mas a verdade é que se trata do espelho mais fiel de uma selfitis,
Por selfitis, escreve a Forbes, entende-se o distúrbio mental causado pelo vício em tirar selfies e em publicá-las online, um desejo obsessivo compulsivo que tem como objetivo (inconsciente) de preencher uma lacuna na intimidade e de melhorar a própria auto-estima (melhoria essa que pode ficar seriamente comprometida quando os ‘likes’ não são tantos quanto os desejados).
De acordo com a Associação Americana de Psiquiatria, a selfitis é já uma condição mental clínica reconhecida e são três as suas formas de expressão:
Selfitis boderline (como quem diz, na fronteira da doença) – As pessoas com este tipo de selfitis são aquelas que tiram até três selfies por dia, mas que não as publicam em redes sociais;
Selfitis aguda – Tirar pelo menos três selfies por dia e publicar uma delas online;
Selfitis crónica – Tirar várias selfies num só dia, sentindo necessidade de fazê-lo e de obter o melhor ângulo, e publicar mais de seis selfies por dia online.
A ciência tem analisado este ‘novo’ distúrbio mental e notou que a necessidade de tirar selfies está associada a uma competitividade digital, à necessidade de captar atenção e à carência de auto-confiança. E o que é que as pessoas com selfitis ‘ganham’? Mais confiança, mais bem-estar consigo mesmas, mais à vontade no ambiente em que se encontram, melhores memórias dos momentos, melhor estatuto social, mais popularidade, mais autoestima, entre outros sentimentos que classificam como positivos.