O calendário que dita a moda do próximo ano arrancou, no passado sábado, com a London Fashion Week Men’s January (LFWM). Durante três dias foram vários os desfiles e coleções apresentados e muita a inspiração de streetstyle, da qual qualquer 'fashionista' ainda se está a recompor.
Segundo a organização do evento, esta, que foi a 12.ª edição do ano, definiu-se como uma celebração à diversidade criativa. Com vários designers a estrearem-se na runway, bem como tendências que se prevê que vão inspirar as coleções do próximo outono/inverno.
O athleisure, conceito que une o estilo mais atlético com a ideia de lazer, continua em alta como prova a coleção FW18 de What We Wear. A marca londrina sempre foi conhecida pelos fatos de treino que, segundo o The Independent, surgem num corte mais estreito e com detalhes formais. Pela primeira vez, a marca assinada por Tinie Tempah, apresenta também malhas como proposta para sweats e calças.
Quanto a texturas, os tecidos suaves ganham destaque. Embora o veludo não saia de cena, dá lugar a outros materiais onde o conforto impera como o algodão ou mesmo bombazine. Liam Hodges e ou Alex Mullins são alguns dos designer cujo desfile se focou nesta ideia de soft touch.
Outro ponto que marcou a LFWM desde ano, como já se esperava, foi o fator político de Vivienne Westwood. A designer e ativista londrina, que usa a sua moda para ter voz em temas como alteração climática e a extinção massiva no planeta, trocou o seu desfile por um filme de 2,45 minutos que se centra no tema da guerra, onde é apresentada a coleção em modelos que evocam a mensagem “don’t get killed”.
Com peças de estilo militar e outras em padrão militar, a coleção da designer de 76 anos foca-se principalmente nas cores vivas, onde o vermelho se mistura com o rosa, cor introduzida pelo oficial militar britânico Mountbatten durante a segunda guerra mundial para despistar os inimigos em alto mar, graças ao nevoeiro. Desde então, o tom ficou conhecido como Rosa Mountbatten.