Cientista português descobre substância que queima gordura

De acordo com um estudo inédito, realizado por um grupo de investigadores do Instituto Karolinska, na Suécia, e liderado pelo cientista português Jorge Ruas, a prática diária de exercício físico leva à perda de peso, através do aumento dos níveis de uma substância denominada de ácido quinurénico, que por sua vez atua nas células onde a gordura é armazenada.

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© Karolinska Institutet

Liliana Lopes Monteiro
07/02/2018 13:00 ‧ 07/02/2018 por Liliana Lopes Monteiro

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Descobertas

O estudo foi divulgado hoje na publicação científica Cell Metabolism. A mesma equipa de investigadores coordenada por Jorge Ruas, professor-associado e investigador naquele Instituto, já tinha concluído, em 2014, que a produção do corpo do ácido quinurénico, aumentava com a prática de exercício físico e diminuía a probabilidade de ocorrência de estados depressivos provocados pelo stress, ao eliminar do cérebro os efeitos tóxicos de uma outra substância, a quinurenina.

Agora, os cientistas provaram que o ácido quinurénico atua também nas células adiposas, aumentando o gasto de energia e levando à perda de peso. O ácido influencia ainda o sistema imunitário fortalecendo as suas defesas contra inflamações. A substância poderá então ser usada e manipulada em tratamentos com pacientes obesos, desde que os indivíduos pratiquem regularmente exercício físico.

“O ácido quinurénico força o organismo a queimar gordura adicional", ao converter a gordura branca, que é armazenada, em gordura castanha, que se dissolve sob a forma de calor para controlar a temperatura corporal, explicou à Lusa Jorge Ruas.

Na experiência, a equipa usou dois grupos de ratos de laboratório, aos quais deu uma dieta alimentar hipercalórica. A um dos grupos, o de controlo, foi administrado um placebo. Ao outro, uma dose diária de ácido quinurénico. Após, três a quatro dias, os roedores com níveis de ácido quinurénico aumentados começaram a perder tecido gordo e consequentemente a perder peso, sem ter em conta a quantidade de comida ingerida.

No estudo, os cientistas descobriram também uma proteína, a GPR35, localizada na superfície das células adiposas e que opera como um recetor do ácido quinurénico, mas também de outras pequenas moléculas, "algumas delas sintéticas".

Jorge Ruas e a restante equipa, da qual fazem parte outros investigadores portugueses, esperam agora testar a substância no tratamento da obesidade e averiguar qual o tipo de intervenção mais eficaz: se a administração direta de doses de ácido quinurénico ou de moléculas sintéticas.

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