"Nove combatentes pertencentes aos Guardas da Revolução iranianos ou às milícias xiitas pró-iranianas foram mortos" no sector de Kiswa, indicou à agência France Presse o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahmane.
Os "depósitos de armas alvo dos mísseis pertencem à Guarda Revolucionária iraniana", que combate ao lado das forças governamentais na guerra da Síria, adiantou.
A agência noticiosa oficial síria, Sana, indicou que o Exército sírio intercetou e destruiu dois mísseis israelitas lançados contra Kiswa.
Antes, a agência tinha falado de explosões naquele sector, enquanto a televisão síria transmitiu imagens de chamas que, dizia, eram de um incêndio provocado pela destruição dos dois mísseis.
Israel não fez comentários, mas o Estado hebreu já tinha bombardeado posições militares no sector, nomeadamente um depósito de armas em dezembro.
O Exército israelita informou hoje que Israel se encontra em "alerta máximo" face ao risco de um ataque na zona dos montes Golã - território sírio ocupado e anexado pelo Estado hebreu -, "após identificar atividade irregular das forças iranianas na Síria".
Há dois dias, os meios de comunicação israelitas, citando fontes da defesa, alertaram para um possível ataque iraniano com mísseis contra o norte de Israel em retaliação pelos bombardeamentos contra bases sírias que são atribuídos ao Estado hebreu.
Duas operações atribuídas a Israel na Síria a 9 e 29 de abril causaram vários mortos iranianos e fazem temer uma escalada, tendo o Irão declarado que os ataques não ficariam sem resposta.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, insistiu em numerosas ocasiões que o Irão procura estabelecer-se na vizinha Síria - Teerão é um dos principais aliados do regime de Bashar al-Assad -, assegurando que não o permitirá.
O Irão não reconhece Israel e o Estado hebreu vê Teerão como uma ameaça existencial e denuncia regularmente o seu apoio ao movimento libanês Hezbollah, poderosa milícia xiita que enfrentou numa guerra em 2006.