Theresa May afirmou que Alexander Petrov e Ruslan Boshirov, os dois cidadãos russos suspeitos do envenenamento do ex-espião Serguei Skripal, da sua filha Yulia e de um polício britânico, são membros dos serviços de inteligência russos.
No parlamento, a primeira-ministra britânica disse que os dois suspeitos pertencem ao departamento central de inteligência da Rússia, mais conhecido por GRU (abrevuatura em língua inglesa.
"O GRU é uma organização altamente disciplinada com uma cadeia de comando muito bem estabelecida. De certeza que esta não foi uma operação amadora", atirou May, acusando a Rússia de estar por trás do ataque. "De certeza que [o envenenamento] foi aprovado fora do GRU, a um nível superior do estado russo".
A primeira-ministra britânica reconhece que pedir a extradição de Alexander Petrov e de Ruslan Boshirov seria "fútil", no entanto, garante, caso os dois suspeitos abandonem o território russo, Londres "fará tudo o que for possível para os deter".
Para Theresa May, a Rússia teve a "experiência" e o "motivo" para levar o cabo o envenenamento de Serguei Skripal, perpetrado com recurso ao agente químico novichok. A tentativa de Moscovo "esconder a verdade reforça a culpabilidade" russa.
Esta quarta-feira, a polícia britânica revelou a identidade dos dois suspeitos de levar a ataque o envenenamento do ex-espião russo. Moscovo preferiu desvalorizar o caso e disse que os nomes revelados "não significam nada para nós", apontando ainda o dedo a Londres por continuar no campo das "alegações públicas e da manipulação de informação", ao invés da "cooperação prática através do cumprimento da lei".