Johnson & Johnson sabia que implantes vaginais eram um risco e ignorou

Documentos internos acedidos pelo Guardian mostram que os funcionários do grupo farmacêutico avisaram dos riscos associados ao implante vaginal.

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Notícias Ao Minuto
28/11/2018 11:34 ‧ 28/11/2018 por Notícias Ao Minuto

Mundo

Farmacêutica

Uma das maiores farmacêuticas a nível mundial, a Johnson & Johnson, terá iniciado a produção e venda de um implante vaginal (Prolift), mesmo depois de ter sido avisada que o mesmo encolhia e endurecia dentro do corpo, adianta o Guardian, citando documentos internos.

Sublinhe-se que estes dispositivos são implantados cirurgicamente para tratar o prolapso vaginal e a incontinência urinária. Terão afetado centenas de mulheres em vários países.

O jornal britânico, que investiga casos de negligência por parte de empresas  farmacêuticas juntamente com outros jornais internacionais (sob a supervisão do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação), adianta que teve acesso a emails enviados pelos funcionários da Johnson & Johnson onde se manifestavam preocupações relacionadas com o material que compunha o implante, que podia ficar "duro como pedra" e enrolar-se "como uma batata frita dobrada" dentro das pacientes.

Um dos emails, refere a publicação, escrevia mesmo que o "encolher do material pode ser doloroso". Ainda assim, o implante começou a ser comercializado em 2005 e esteve à venda durante sete anos. Estes documentos fazem agora parte de um processo civil aberto contra a empresa, nos Estados Unidos.  

O caso está em tribunal também na Austrália. No ano passado, um tribunal federal abriu um processo na sequência de uma ação coletiva movida por mais de 700 mulheres contra a farmacêutica, por efeitos colaterais causados pelo implante vaginal.

O ministro da Saúde australiano, Greg Hunt, chegou a pedir desculpas em nome do país às mulheres afetadas pelos efeitos colaterais causados por implantes vaginais e anunciou um pacote de medidas para compensar as vítimas.

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