Macron cedeu às pressões dos 'coletes amarelos'. O Governo francês vai suspender o aumento do imposto sobre o combustível, o que motivou semanas de protestos.
O primeiro-ministro francês, Édouard Philippe, anunciará, de acordo com a agência France Press, esta terça-feira uma moratória sobre o aumento da taxa de combustível que entraria em vigor a 1 de janeiro de 2019 e que gerou fortes contestações na ruas de Paris.
Este adiamento, ou mesmo suspensão, deve ser acompanhado de outras medidas de apaziguamento, segundo as mesmas fontes.
A decisão foi tomada esta segunda-feira à noite, no Palácio do Eliseu, e deve ser apresentada durante esta manhã aos deputados do partido do presidente francês, Emmanuel Macron.
Recorde-se que já esta segunda-feira o ministro da Economia francês, Bruno Le Maire, tinha defendido que o Governo deveria "acelerar a baixa dos impostos", mas também dos "gastos públicos" para responder ao movimento dos 'coletes amarelos'.
"Menos gastos públicos, menos impostos e quanto mais cedo melhor, porque medimos pelo padrão dessa crise social, democrática, a impaciência de milhões de franceses", sublinhou. Na ótica do ministro, o movimento dos 'coletes amarelos' que parou as ruas de Paris nas últimas semanas é o resultado de uma "crise democrática" com "raízes profundas".
Os últimos dados que datam do passado sábado dão conta que 136 mil pessoas se juntaram à mobilização dos 'coletes amarelos' e que foram registados 263 feridos. Além disso, um condutor morreu em Arles (sudeste de França) depois de embater num veículo pesado numa fila de trânsito provocada por uma coluna de 'coletes amarelos'.
Este acidente aumentou para três o número de mortes relacionadas com os protestos iniciados há três semanas por pessoas que envergam coletes amarelos florescentes.
