"Continuamos a trabalhar sem descanso, sentimos que estamos cada vez mais perto de Julen", indicou esta terça-feira em conferência de imprensa Ángel García, o engenheiro que está ao comando das operações de resgate do menino de dois anos, que está há nove dias desaparecido após ter caído num poço, em Totalán, Málaga.
Embora as hipóteses de sobrevivência da criança sejam equivalentes a um milagre, todos os envolvidos no resgate trabalham com celeridade para responder às preces dos pais, da família e, de certa forma, daquela comunidade.
"Às 2h30 da madrugada (1h30 em Lisboa) começou a operação de revestimento do túnel vertical e às 6h15 (5h15 em Lisboa), quando estavam já introduzidos 42 metros [de placas de metal], surgiram irregularidades nas paredes", indicou, citado pelo El Mundo.
O chefe de operações explica que se trata de uma incidência "completamente habitual neste tipo de escavação".
O estado do solo, recorde-se, tem sido um dos principais entraves à progressão mais rápida dos trabalhos. O túnel vertical, por exemplo, tinha um tempo estimado de perfuração de 15 horas, mas acabaram por ser necessárias 55 horas. Agora, é necessário proceder ao revestimento das paredes do túnel, estimando-se que a operação se prolongue por mais um dia, pelo menos.
Os pais de Julen, Victoria García e José Roselló, estão desde quinta-feira a descansar numa casa cedida por uma moradora de Totalán, muito perto de onde se realiza a operação de resgate.