"Temos duas exigências (...) que o Irão renuncie à produção de mísseis e em particular às exportações de mísseis para certas fações armadas no Médio Oriente, mas também para os Huthis" no Iémen, sublinhou Jean-Yves Le Drian durante a apresentação de cumprimentos à imprensa diplomática.
O Irão deve também "acabar com as suas ações de desestabilização em toda a zona", adiantou, considerando que nos termos da resolução 2254 da ONU sobre a Síria não pode haver "presença de forças estrangeiras no território sírio".
"Iniciámos um diálogo difícil com o Irão que terá de continuar e estamos prontos, se ele não for bem-sucedido, a utilizar as sanções de forma firme. E eles sabem-no", afirmou.
O ministro dos Negócios Estrangeiros francês assinalou que Paris será "muito firme" em relação ao "envio de armas por parte do Irão para o braço armado do Hezbollah", o movimento xiita libanês.
A propósito, lamentou que ainda não tenha sido formado um governo no Líbano, oito meses após as eleições legislativas.
Devido ao bloqueio político, pelo qual Le Drian responsabilizou "o conjunto dos responsáveis políticos libaneses", Paris não pode cumprir os compromissos já tomados em relação ao Líbano.
"Incluindo os financeiros e em relação ao exército libanês, que continua a ser a espinha dorsal do equilíbrio do Estado", lamentou.
A comunidade internacional comprometeu-se em abril, numa conferência em Paris, a ajudar o Líbano com empréstimos e doações no valor de 11,5 mil milhões de dólares (cerca de 10 mil milhões de euros).
Mas os montantes prometidos são essencialmente destinados a projetos de infraestruturas que não podem ser realizados na ausência de um novo executivo.