Segundo uma nota da Casa Civil do Presidente da República de Angola, enviada à agência Lusa, João Lourenço inclui entre os conflitos a "intentona golpista do '27 de maio' [de 1977] ou eventuais crimes cometidos por movimentos ou partidos políticos no quadro do conflito armado".
João Lourenço justifica a decisão como um "imperativo político e cívico do Estado" para "prestar condigna homenagem à memória de todos os cidadãos que tenham sido vítimas de atos de violência, resultantes dos conflitos políticos".
"[Convém] instituir um mecanismo para a promoção da auscultação e de um diálogo convergente, no sentido de se assegurar a paz espiritual da sociedade, face a episódios do passado na convivência nacional que possam perturbar a unidade e o sentimento de fraternidade entre os angolanos", salienta o chefe de Estado angolano.
A Comissão para a Elaboração de um Plano de Ação para Homenagear as Vítimas dos Conflitos Políticos, segundo João Lourenço, é coordenada pelo ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Francisco Queirós, e integra vários outros departamentos ministeriais e o Serviço de Informações e Segurança do Estado (SIDE).