Quarentena levantada após casal morrer de peste negra na Mongólia
As duas pessoas tinham contraído a doença depois de terem consumido carne de marmota crua.
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Mundo Mongólia
Foi levantado o período de quarentena na Mongólia, imposto após duas pessoas terem morrido de peste bubónica, também conhecida como peste negra, depois de terem comido carne crua de marmota. Desta forma já foi permitido a vários turistas, que tinham ficado retidos por precaução, abandonar o local.
Depois das mortes foi declarada uma quarentena a 1 de maio na província de Bayan Olgii, que faz fronteira com a China e a Rússia.
Hoje em dia os casos de peste negra são raros, mas podem ainda ser mortais se não forem tratados a tempo.
Conta a BBC que o homem, de 38 anos, e a sua mulher grávida, de 37, tinham comido carne crua e os rins de uma marmota, no final do passado mês de abril um tipo de alimento considerado um remédio popular para a boa saúde. A suspeita de que as duas vítimas tinham desenvolvido uma peste pneumónica altamente contagiosa - que não se viria a confirmar - foi o que esteve na base da decisão de impor a quarentena, explicou Ariuntuya Ochirpurev, da Organização Mundial de Saúde.
O roedor é um conhecido veículo da bactéria da peste e está associado a casos de peste no país. Além disso é ilegal caçá-lo, no entanto "o Cidadão T (a vítima masculina) caçou marmota. Comeu a carne deu-a à sua mulher, e morreram porque a peste afetou o seu estômago”, referiu N. Tsogbadrakh, diretor do Centro Nacional de Dermatologia Zoonótica e Medicina da Mongólia, ao Siberian Times.
Ao todo 118 pessoas estiveram em contacto com o casal e estiveram isoladas e a ser tratadas com antibióticos. Desse grupo sete eram turistas estrangeiros da Suíça, Suécia, Cazaquistão e Coreia do Sul.
Os sintomas da doença incluem febres altas, arrepios, náuseas, fraqueza e inchaço dos gânglios linfáticos no pescoço, nas axilas ou nas virilhas. Mas é difícil de identificar em fases ainda iniciais pois aparenta ser uma gripe.
A peste negra matou mais de um terço da população na Europa no século XIV. No século XIX atacou a China e a Índia matando mais de 12 milhões de pessoas.
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