Uma das explosões, a que mais vítimas e danos causou, foi perpetrada com um automóvel armadilhado, estacionado perto da sede do parlamento nacional, segundo a mesma fonte.
O ataque foi reivindicado pelo grupo extremista al-Shabab, com ligações à Al-Qaida e autor de frequentes ataques com explosivos na capital somali.
O grupo indicou que as explosões de hoje visavam atacar a primeira linha de postos de controlo que protege o aeroporto e o palácio presidencial.
As forças militares dos Estados Unidos presentes na região intensificaram nos últimos dois anos os bombardeamentos contra posições do al-Shabab na tentativa de reduzir o território controlado pelos extremistas no centro e no sul da Somália e dificultar a circulação dos combatentes.
Num relatório para o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) apresentado em maio, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, destacou que o aumento de operações de segurança permitiu limitar a capacidade operacional e a liberdade de movimentos do al-Shabab, mas, ao mesmo tempo, levou a um "movimento do grupo para os centros urbanos, especialmente Mogadíscio, onde as suas forças correm um risco menor de ser alvo de bombardeamentos aéreos".
Guterres disse também que a Somália regista progressos em matéria de construção de um Estado viável e operacional depois de três décadas de guerra civil, ataques extremistas e fome, mas que continua a enfrentar desafios em matéria de instabilidade política e corrupção.
A força multinacional da União Africana (UA) na Somália está em processo de retirada progressiva de tropas do país e transferência das responsabilidade de segurança para as forças governamentais somalis.