Na quinta-feira, Trump disse que o navio de guerra USS Boxer destruíra um 'drone' das Forças Armadas iranianas, na zona do Golfo.
Hoje, o Presidente confirmou a sua tese: "Sem dúvida, nós abatemo-lo".
"Essa alegação é delirante e sem fundamento", respondeu também hoje o porta-voz das Forças Armadas do Irão, Abdolfazl Shekarchi, citado pela agência noticiosa Tasnim, no mesmo dia em que a TV estatal iraniana mostrou um vídeo que a Guarda Revolucionária diz provar que o 'drone' não foi abatido pelo navio dos EUA.
A Guarda Revolucionária do Irão diz que o 'drone' gravou três horas de vídeo do navio USS Boxer e de cinco outras embarcações norte-americanas, onde se prova que o aparelho não foi abatido pelas forças dos EUA.
A tese iraniana contraria as declarações das autoridades norte-americanas que hoje confirmaram a versão de ter abatido um 'drone' que se tinha aproximado excessivamente do navio de guerra.
"Não há dúvida de que se tratava de um 'drone' iraniano", afirmou o assessor de segurança nacional da Casa Branca, John Bolton, referindo-se ao aparelho que a marinha norte-americana alega ter destruído, através de meios eletrónicos.
Uma fonte não identificada do Governo dos EUA, citada pela agência France Presse, disse que as Forças Armadas têm "evidências claras" da destruição do 'drone'.
"O 'drone' aproximou-se demasiado do nosso navio e, se os 'drones' se aproximam a essa distância, há instruções para os abater", disse a mesma fonte, para justificar a ação das marinha norte-americana.
Este incidente aumentou ainda mais as tensões entre os EUA e o Irão, desde que o Governo de Teerão anunciou que iria passar a reduzir o cumprimento do acordo nuclear e passar a aumentar a produção de urânio enriquecido, como retaliação pelas sanções impostas pelos EUA, que acusam o Irão de não cumprir o tratado.
Em 20 de junho, a Guarda Revolucionária do Irão abateu um 'drone' dos EUA, alegando que estava a violar o seu espaço aéreo, com os norte-americanos a dizerem que o aparelho fora abatido sobre águas internacionais.
Nos últimos meses, os EUA reforçaram a sua posição militar no Golfo Pérsico e ameaçam retaliar se qualquer interesse norte-americano na região for atingido.