"Boris Johnson ganhou o apoio de menos de 100 mil membros do Partido Conservador, não representativos, prometendo cortes de impostos para os mais ricos, apresentando-se como amigo dos banqueiros e pressionando por um prejudicial 'Brexit' sem acordo. Mas ele não ganhou o apoio do nosso país", escreveu na rede social Twitter.
Corbyn receia que uma saída do Reino Unido da União Europeia sem acordo resulte em despedimentos, inflação e na privatização de partes do serviço nacional de saúde para garantir um acordo comercial com os EUA.
Já a recém-eleita líder dos Liberais Democratas, Jo Swinson, afirmou que "o Reino Unido merece melhor do que Boris Johnson" e que "a sua arrogância em relação ao 'Brexit' só vai piorar a crise".
A líder do Partido Nacionalista Escocês (SNP) e chefe do governo escocês, Nicola Sturgeon, felicitou Boris Johnson e prometeu tentar trabalhar de forma que "respeite e proteja os objetivos e interesses da Escócia".
Porém, também se mostrou preocupada com a perspetiva de Boris Johnson como primeiro-ministro e prometeu trabalhar com outros partidos para bloquear um 'Brexit' sem acordo "que causaria danos catastróficos à Escócia".
Sturgeon considera "mais importante do que nunca" continuar a preparar o país para um novo referendo à independência, "em vez de ter um futuro (...) imposto por Boris Johnson e os Conservadores".
Boris Johnson foi eleito líder do partido Conservador com 92.153 votos (66,3%), enquanto o outro candidato finalista, o atual ministro dos Negócios Estrangeiros, Jeremy Hunt, reuniu apenas 46.656 votos (32,7%).
No seu discurso de vitória, reiterou hoje a promessa de "concretizar o 'Brexit', unir o país e derrotar Jeremy Corbyn".
Boris Johnson vai ser nomeado primeiro-ministro pela rainha Isabel II na tarde de quarta-feira, após a demissão de Theresa May, programada para depois do debate semanal com os deputados na Câmara dos Comuns.