"O Ministério de Relações Exteriores da Venezuela, sugere às cidadãs e cidadãos venezuelanos que tenham previsto viajar para o território dos EUA adiar as viagens ou extremar as precauções, dada a proliferação de atos de violência e crimes de ódio indiscriminado, expressos no último final de semana nas povoações de El Paso, Texas, e Dayton, Ohio, que deixaram 30 mortos e cerca de 53 feridos", pode ler-se no comunicado.
Na mesma nota explica-se que "esses crescentes atos de violência encontraram eco e sustentação nos discursos e ações impregnadas de discriminação racial e de ódio contra as populações migrantes, pronunciadas e executadas pela elite supremacista que detém o poder político em Washington".
"Só neste ano, essas ações custaram a vida de mais de 250 pessoas", sublinha-se.
Segundo o Governo venezuelano, "um fator fundamental a considerar reside na indesculpável posse indiscriminada de armas de fogo pela população, encorajada também desde o centro do Governo federal daquele país".
"Por isso é especialmente aconselhável evitar lugares onde ocorrem grandes aglomerações de pessoas. Em particular, recomenda-se não frequentar estes locais com menores de idade", explica.
No comunicado sublinha-se ainda que "é importante alertar que a segurança dos venezuelanos está em risco, especialmente depois de terem sido declarados como uma ameaça pouco usual e extraordinária para a segurança nacional dos EUA, desde 2015".
Segundo Caracas, os venezuelanos devem principalmente "evitar visitar algumas das cidades que estão entre as 20 mais perigosas do mundo", como "Cleveland (Ohio), Detroit (Michigan), Baltimore (Maryland), St. Louis (Missouri), Oakland (Califórnia), Memphis (Tennessee), Birmingham (Alabama), Atlanta (Georgia), Stockton e Buffalo".
No sábado em El Paso, uma cidade maioritariamente hispânica localizada perto da fronteira com o México, um homem de 21 anos abriu fogo num centro comercial, matando 22 pessoas e ferindo outras 26.
As autoridades detiveram o homem no local do tiroteio.