Os explosivos seriam detonados em duas sedes das Forças Ações Especiais (FAES), no Palácio de Justiça e no bloco 40 do populoso bairro de 23 de Janeiro, em Caracas.
Durante uma conferência de imprensa no palácio presidencial de Miraflores, em Caracas, o ministro explicou que as investigações começaram depois de, a 17 de agosto, terem sido localizadas umas "bolsas suspeitas" com explosivos C-4, que foram atiradas contra a sede das FAES, em Propátria (oeste de Caracas) e no 23 de Janeiro (centro).
Segundo o ministro, os atentados estariam a ser coordenados "desde a Colômbia para a Venezuela e liderados pelo opositor venezuelano Júlio Borges", do partido político Primeiro Justiça, atualmente asilado no país vizinho.
"Foram comprados 'drones' (aeronaves não tripuladas) e armas no vizinho país. [...] Estamos à procura de um ex-funcionário da Polícia de Chacao [município do leste de Caracas] ", frisou.
Segundo o ministro, além do ex-polícia, foi detido um cidadão com dupla nacionalidade, colombiana e venezuelana, envolvido na colocação de engenhos explosivos em Caracas.
O ministro divulgou um vídeo onde um homem assume a sua responsabilidade na preparação dos alegados ataques com explosivos e afirma que os "objetivos eram o Palácio de Justiça, situado na Avenida Bolívar de Caracas, o bloque 40 do (bairro) 23 de Janeiro e a sede das FAES, em Cotiza (centro-norte)".
As autoridades confiscaram vários engenhos explosivos que foram desarmados e determinaram que as bombas iriam ser preparadas no Hotel San Moris, em Caracas.
Segundo o ministro, os atentados na Venezuela estariam a ser coordenados por um militar desde a fronteira colombo-venezuelana.