Yula Gorina tinha apenas quatro anos de idade quando uma viagem de comboio entre Minsk e Asipovichy, na Bielorússia, ditaria o seu destino. O seu pai adormecera e a pequena Yula acabaria por ir parar à vizinha Rússia, a mais de 885 quilómetros de distância de casa, em Ryazan, três semanas depois.
As autoridades não conseguiram, na altura, encontrar os pais e colocaram a criança para adoção. Agora, 20 anos depois, reencontrou a família depois de o namorado a ter ajudado com uma simples pesquisa na internet.
Um teste de ADN provou que Yula é mesmo filha de Viktor e Lyudmila Moiseenko. O casal, conta o The Sun, sempre procurou a filha exaustivamente, no entanto, ambos acabaram por se tornar suspeitos de a ter matado.
Continua a ser um mistério como é que Yula seguiu de Asipovichy para Ryazan, embora a jovem tenha memória de uma viagem com um casal que a pode ter raptado.
“Vinte anos é uma vida, mas nunca perdemos a esperança. Acreditávamos. E agora encontramo-nos”, disse Lyudmila, a mãe biológica. O encontro aconteceu na esquadra da polícia, em Marjina Horka.
Yula fala de um momento emotivo.
“Estávamos todos em lágrimas, nem conseguíamos falar, só nos abraçávamos”, contou. A conversa, nesse dia, durou até ás 3 horas da madrugada, antes voltar para a Rússia, onde ainda vive e já constituiu a própria família. Sobre o pai, a jovem contou que este lhe pediu desculpa por tudo o que lhe aconteceu por ele ter adormecido, desculpas essas que foram aceites.