O caçador tinha em sua casa 338 partes de presas e 75 presas inteiras, que as autoridades estimam ser de 117 elefantes, explicou o ministério num comunicado citado pela agência France-Presse.
Sete alegados cúmplices do cabecilha também foram detidos, de acordo com a mesma fonte, que detalha que as presas eram originárias da Tanzânia, mas também de Moçambique.
"Até à sua detenção, na terça-feira, ele não tinha despachado as reservas porque estávamos extremamente vigilantes", referiu o ministro dos Recursos Naturais, Hamisi Kigwangalla, citado no comunicado.
"Aprovei um período de carência de um mês para qualquer pessoa em posse de presas de elefante para que as apresentem aos órgãos do Estado. Qualquer pessoa que o fizer nesse período, não será processada", acrescentou o responsável governamental.
Segundo o ministro, desde 2016, mil caçadores, alguns com armas de guerra, foram detidos na Tanzânia.
Em fevereiro, a justiça tanzaniana condenou a 15 anos de prisão a chinesa Yang Fenlan, a 'rainha do marfim', pelo seu papel no tráfico de 860 presas de elefantes entre 2000 e 2014.
O comércio ilegal de marfim é principalmente incentivado pela Ásia e pelo Médio Oriente, onde as presas são utilizadas em procedimentos de medicina tradicional e para efeitos ornamentais.
Os elefantes são das espécies mais afetadas pela caça furtiva.
Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla inglesa), a população de elefantes em África registou a maior queda em 25 anos.
De acordo com a mesma fonte, o continente africano tem atualmente cerca de 415.000 elefantes, menos 111.000 que na última década, registando-se ainda a morte de cerca de 30.000 espécimes por ano.
A Tanzânia, um dos países com maior população de elefantes, é um dos mais afetados pelo problema, com os mais recentes dados a apontarem para uma quebra de 60% da população.